Felipe Rolim: ‘Palmeiras – Desfalcado, organizado e, cada vez mais, campeão antecipado’
Colunista do LANCE! analisa a vitória do Verdão sobre o Atlético-MG pelo Brasileirão
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Fora de casa, muito desfalcado, sem seu técnico e contra o Galo que ainda precisa reverter um campeonato bem abaixo do previsto. Esse era o enredo do pré-jogo do Palmeiras. O que se viu foi um time organizado, que novamente mostrou um plano específico para o jogo e que saiu vencedor.
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As surpresas de Abel Ferreira já se fazem presentes na escalação, com três zagueiros, Mayke e Piquerez de alas, Atuesta e Luan de volantes, Scarpa, Dudu e Rony avançados. No papel, um 3-4-1-2 com um capítulo especial para Mayke e Piquerez. Na frente, uma intensa troca entre Scarpa e Dudu para marcar na faixa central e puxar o contra-ataque, enquanto Rony se mantinha mais como referência.
Falar especialmente de Piquerez e Mayke remete às prioridades defensivas impostas pelo jogo. Mayke teve um posicionamento médio de meia, procurando encaixar a marcação em Dodô e deixando Keno mais com Luan ou Marcos Rocha. A referência de Mayke, no momento defensivo, era quem atacasse pela beirada esquerda do Galo. Dodô no primeiro tempo e Ademir, que entrou delateral esquerdo, no segundo tempo. Perfeito taticamente. Na outra ala, Piquerez teve um posicionamento médio de lateral, procurando proteger o espaço e dobrar a marcação em Hulk, que se movimentou por todo o ataque, mas infiltrava, com e sem bola, no lado esquerdo da defesa do Palmeiras. E onde está Hulk, está o centro do jogo do Galo, onde Cuca tenta fazer seu time triangular com a subida de Zaracho, Mariano e a aproximação de Sasha. Pedindo ajuda aos números, Hulk, depois de Jemerson, Nathan e Mariano, foi quem mais tocou na bola do lado do Atlético-MG. Ao todo, 61 toques em sua maioria na metade direita do ataque. Piquerez, mesmo como ala, entendeu que o confronto pedia um jogo mais posicionado e foi muito bem.
Com o placar a seu favor e sem titulares importantes no meio de campo, o Palmeiras foi ainda mais para o jogo direto e para a bola longa. E o time de Abel Ferreira utilizou as cinco substituições no mesmo padrão de jogos passados. Os jogadores mais ofensivos foram trocados por reservas. Em um time que todos marcam e nem todos atacam, os jogadores que puxam o contragolpe e os que aceleram para serem opções de passe saem mais cedo da partida. Contra o Galo, saíram Mayke, Atuesta, Scarpa, Dudu e Rony. Nos jogos anteriores o padrão se repetiu.
Neste segundo turno o Palmeiras ganhou do Corinthians, empatou com Flamengo e Fluminense, ganhou do Galo e, da turma de frente, falta apenas o Internacional. Este último jogo contra o Galo, mais do que outros, foi uma demonstração de força coletiva, um aviso de que mesmo em um cenário totalmente desfavorável o time tem padrão e tem respostas ao melhor de cada rival.
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