A Seleção Brasileira produziu e revelou diversos craques vindos das mais variadas regiões do país para todo o planeta. No entanto, algumas grandes estrelas do futebol brasileiro, como é o caso de Gabigol, do Flamengo, não entraram nas seletas listas de convocações para a Copa do Mundo, o torneio mais almejado pelos atletas de alto nível, durante as 22 edições da competição.
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Dessa forma, confira alguns dos jogadores que fizeram história no futebol, mas não tiveram a oportunidade de disputar o torneio entre seleções.
HELENO DE FREITAS
Um dos grandes artilheiros do Brasil na primeira metade do século XX, Heleno se consagrou no Botafogo como um grande atacante que, apesar dos problemas extracampo, decidia as partidas. Ao todo, foram 209 gols pela camisa do Glorioso.
Ele teve o seu auge nos anos 1940, justamente quando não houve edições de Copa do Mundo por conta dos conflitos da Segunda Guerra Mundial, iniciada em 1939 e encerrada em 1945. Depois da edição de 1938, a Copa só voltou a ser realizada em 1950, quando o atleta já estava em fim de carreira, com 30 anos.
Pela Seleção, ele marcou 13 gols nos 18 jogos que disputou. Heleno também se sagrou vice-campeão sul-americano com a Amarelinha em 1945 e 46.
DIRCEU LOPES
Habilidoso, rápido e finalizador. Assim descreve-se Dirceu Lopes, um dos maiores nomes da história do Cruzeiro. Multicampeão com o clube mineiro, o atacante de apenas 1,62m não foi convocado para as Copas do Mundo de 1970 e 1974.
No ano do tricampeonato, a ausência do atleta na lista final se deu porque o técnico Zagallo, substituto do ex-treinador João Saldanha, afirmou que o número de atletas da posição de Dirceu já era muito grande.
Em 1974, o seu nome foi ventilado na Seleção, mas não teve a oportunidade de disputar o torneio. Na época, ele era o craque do Cruzeiro bicampeão mineiro - que viria a ser tetra -, além de futuro destaque do Cabuloso na Libertadores de 1976, em que a equipe se sagrou campeã.
Craque da Copa do Mundo em 1958, o meia Didi chegou a dizer, em 1974, que Dirceu poderia ser o que Cruijff era para a seleção holandesa.
ADÍLIO
Um dos maiores ídolos da história do Flamengo, o meio-campista Adílio ficou de fora da Copa do Mundo de 1982, realizada na Espanha.
Na época, o meio-campo do Brasil era tido como o melhor do planeta, com Toninho Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico formando um quadrado mágico. Porém, a não convocação do atleta rubro-negro, pilar do meio-campo do Flamengo e campeão mundial no ano anterior, foi criticada por parte da torcida brasileira.
O camisa 8 foi convocado apenas duas vezes para a Seleção Brasileira. Em um jogo contra a Alemanha, pouco antes da Copa, ele fez linda jogada para Junior marcar um golaço, mas não foi o suficiente para garantir convocações nos períodos subsequentes.
NETO
Atualmente apresentador de programas esportivos, o Craque Neto é idolatrado pela torcida do Corinthians por conta do seu amor pela Fiel e pelo grande desempenho no Brasileirão de 1990, conquistado pelo Timão no fim do ano.
O camisa 10 do Corinthians não foi chamado para a edição da Copa realizada na Itália, o que revoltou a torcida alvinegra. Sebastião Lazaroni, treinador da Seleção naquela Copa, optou por os meio-campistas Valdo, Silas, Tita e Bismarck.
MARCELINHO CARIOCA
Considerado um dos maiores ídolos da história do Corinthians e um dos maiores batedores de bola parada do futebol brasileiro, o "Pé de Anjo" é outro grande nome que ficou de fora das Copas.
Em 2002, ele participou de alguns jogos das eliminatórias sul-americanas, mas não foi chamado na lista final de Felipão para o torneio realizado na Coréia do Sul e no Japão.
Pelo Timão, Marcelinho conquistou dez títulos em oito temporadas e se tornou o quinto maior artilheiro da história do clube.
DJALMINHA
Revelado pelo Flamengo, ídolo do Palmeiras e consagrado na Europa, Djalminha também esteve perto de jogar a edição de 2002. Ele participou da Seleção Brasileira no ciclo pré-Copa do Mundo e estava cotado para entrar na lista.
Contudo, um desentendimento com o treinador do La Coruña, Javier Irureta terminou em corte de Felipão. Em 2002, o ex-atleta deu uma cabeçada em seu treinador no clube espanhol, e ficou marcado como um jogador de personalidade forte.
ALEX
Ídolo de Palmeiras, Cruzeiro, Fenerbahçe-TUR e Coritiba, o camisa 10 Alex não jogou nenhuma Copa do Mundo. Em 2002, vivendo grande momento, o meia não foi chamado por Felipão.
A concorrência era alta: Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e o jovem Kaká, que viria a ser eleito o melhor do mundo em 2007, eram alguns dos jogadores da posição do craque.
Mesmo assim, a sua ausência na lista foi muito repercutida, sobretudo quando Emerson foi cortado por lesão e Felipão, treinador da equipe, convocou Ricardinho.
GABIGOL
Bicampeão da Libertadores da América, maior artilheiro entre os atacantes brasileiros de 2019 para cá e dono de uma personalidade forte, Gabigol não foi convocado por Tite na lista de 26 nomes para o Qatar.
Com nove atacantes na lista, mas sem o nome do mais novo camisa 10 da Gávea - com a aposentadoria de Diego, o ex-camisa 9 pegou o número para a próxima temporada -, parte da torcida brasileira, sobretudo a rubro-negra, questionou o treinador da Seleção pela ausência do craque.
Gabigol foi convocado para a maioria dos jogos da Seleção Brasileira em 2021, mas nunca se firmou na equipe. O atacante estava na equipe vice-campeã da Copa América para a Argentina, no Maracanã.
Em 2022, ele esteve no elenco em apenas dois jogos das eliminatórias: contra o Equador, quando entrou no decorrer da partida, e Paraguai, no qual não entrou em campo.