Com Abel Braga, Flu teve estilo antagônico ao do Fla no Brasileirão
Sob o comando do treinador nas 12 rodadas iniciais, o Tricolor atuou com menos apreço pela posse de bola do que o Rubro-Negro, que foi dirigido por Maurício Barbieri e Dorival Jr
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Nas 12 rodadas que dirigiu o Fluminense no Brasileirão de 2018, o técnico Abel Braga impôs um estilo de jogo que pode ser considerado antagônico à equipe do Flamengo, a qual comandará a partir de janeiro de 2019. As diferenças em campo - em relação ao número de passes trocados, finalizações e desarmes - se estendem para o cenário extra-campo dos clubes. Escolhido para dirigir o time a partir de janeiro, resta saber qual será o estilo adotado pelo treinador.
Sob o comando de Mauricio Barbieri (em 26 jogos) e Dorival Júnior (12 jogos), o Flamengo terminou o Campeonato Brasileiro sendo o segundo time com maior posse de bola e entre as cinco equipes que mais trocaram passes. Mais do que a posse de bola, o Rubro-Negro apresentou outros números importantes - líder do torneio em finalizações e e vice-líder em desarmes -, resultado da marcação alta imposta em busca da recuperação da bola mais próxima à área adversária.
Com um elenco limitado, o Fluminense atuou em função do centroavante Pedro no início do Brasileirão. Assim, Abel Braga montou uma equipe que atuava de maneira mais reativa, buscando os contra-ataque e abusando da ligação direta entre ataque e defesa. Foram 34,7 lançamentos, em média, sob o comando do treinador, o que deixaria o Tricolor no 10º lugar do quesito ao fim do torneio. O número de passes e de posse de bola são bem inferiores aos do Flamengo, segundo o Footstats (confira a comparação entre as equipes abaixo).
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É preciso levar em conta os investimentos feitos pelos clubes para a temporada e a qualidades dos respectivos elencos. O Flamengo, que investiu pelo segundo ano seguido mais de R$ 100 milhões em jogadores, ofereceu aos treinadores - Carpegiani, Maurício Barbieri e Dorival Júnior - as opções e a possibilidade de montar uma equipe que tivesse, até pelas características dos meio-campistas, maior apreço pela posse de bola e sua manutenção durante todo o torneio.
Nas Laranjeiras, por sua vez, o clima político e a combalida saúde financeira do clube não foram aliados do treinador, que sofreu com diversas perdas durante o trabalho, remontando a equipe várias vezes com um elenco recheado de atletas revelados nas categorias de base. Com o Fluminense na 13ª posição, o técnico entregou o cargo na pausa do futebol brasileiro para a Copa do Mundo.
NÚMEROS FOOTSTATS
Fluminense sob o comando de Abel Braga no Brasileirão de 2018:
Gols feitos - 1,2 por jogo (Seria o 10º*)
Gols sofridos - 1,4 por jogo (Seria o 4º*)
Posse de bola - 45,7% por jogo (Seria o 18º*)
Passes - 357,8 por jogo (Seria o 13º*)
Lançamentos - 34,7 por jogo (Seria o 10º*)
Finalização - 11,4 por jogo (Seria o 12º*)
Desarmes - 15,8 por jogo (Seria o 16º*)
* Levando em consideração as médias dos 20 clubes na Série A mais a média do Tricolor sob o comando de Abel Braga nas 12 rodadas iniciais do Brasileiro.
Flamengo no Brasileirão de 2018:
Gols feitos - 59 (2º do Brasileirão)
Gols sofridos - 29 (18º do Brasileirão)
Posse de bola - 55% (2º do Brasileirão)
Passes - 443,1 por jogo (5º do Brasileirão)
Lançamentos - 30,1 por jogo (18º do Brasileirão)
Finalizações - 13,3 por jogo (1º do Brasileirão)
Desarmes - 20,9 por jogo (2º do Brasileirão)
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