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Gerson chega à delegacia para prestar depoimento sobre acusação de injúria racial

Volante do Flamengo acusa Ramírez, do Bahia, de dizer "cala a boca, negro" no jogo do último domingo. Meia colombiano nega as acusações

Gerson - Flamengo
imagem cameraGerson e Ramírez em ação no jogo de domingo (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 22/12/2020
10:08
Atualizado em 22/12/2020
11:58

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O meia Gerson, do Flamengo, chegou na manhã desta terça-feira à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) para prestar depoimento sobre a acusação de injúria racial ao jogador Índio Ramírez, do Bahia. O fato ocorreu na partida entre as equipes no último domingo, no Maracanã, vencida pelo Rubro-Negro por 4 a 3.

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De acordo com o relato de Gerson, o colombiano teria dito a ele "Cala a boca, negro" no momento do reinício do jogo após o primeiro gol do Bahia. O departamento jurídico do Flamengo acompanha de perto o caso e assessora o atleta.

Na segunda-feira, a delegada Marcia Noeli informou que Ramírez, o técnico Mano Menezes e o árbitro Flavio Rodrigues de Souza também darão depoimento sobre o caso.


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Em vídeo divulgado nas redes sociais do Bahia na noite de segunda-feira, o colombiano de 23 anos negou ter cometido qualquer ato racista na partida contra o Flamengo e afirmou ter dito "joga rápido, irmão" no momento que se inicia a confusão.

- Em nenhum momento fui racista com nenhum dos jogadores, nem com Gerson, nem com qualquer outra pessoa. Acontece que quando fizemos o segundo gol botamos a bola no meio do campo para sair rapidamente e o Bruno Henrique finge e eu arranco a correr e eu digo a Bruno que” jogue rápido, por favor”, "vamos irmão, jogar sério”. Aí ele joga a bola para trás e Gerson, não sei o que me fala, mas eu não compreendo muito o português. Não compreendi o que me disse e falei "joga rápido, irmão".


- Aí passo por ele e sigo a bola. Não sei o que ele entendeu, o que ouviu. Ele jogou a bola e passou a me perseguir sem eu entender o que passava. Dei a volta por trás porque não queria entrar em briga com ninguém e depois ele sai falando que o tratei com “cale a boca, negro” falando português quando eu realmente não falo português. Estou apenas alguns meses no Brasil e sobre isso de ser racista não estou de acordo, porque isso não é bem visto em nenhuma parte do mundo e sabemos que todos somos iguais e em nenhum momento falei isso e menos ainda usei essa palavra.

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