Esse ano vai? Apoiado por parte da torcida, Ganso vê chance distante na quarta temporada pelo Fluminense
Meia poderia ter entrado na vitória sobre o Audax, mas ficou no banco pois Abel priorizou não sofrer gols contra o lanterna do Campeonato Carioca
Quando o relógio bateu meia-noite na virada de 2021 para 2022, um dos desejos que deviam estar na cabeça de Paulo Henrique Ganso era ter mais oportunidades na nova temporada do Fluminense. Recuperado de lesão, o meia tinha altas expectativas em seu quarto ano de contrato. Mas até o momento o que se viu foi nada. O camisa 10 não entrou em campo em três partidas e ainda tenta ganhar moral com Abel Braga para brigar por vaga.
E não só o jogador nutria uma esperança, os torcedores seguem aguardando uma boa sequência e cobraram o treinador por isso na última quinta-feira, na vitória por 1 a 0 sobre o Audax Rio. Mesmo em um time de reservas contra o penúltimo colocado do Campeonato Carioca, Ganso nem chegou a sair do banco de reservas depois de ter sido barrado contra o Madureira. Ele foi exaltado e aplaudido por tricolores ao final da partida, mas não parece viver o mesmo prestígio com o novo técnico, que priorizou não sofrer gols a garantir um placar mais elástico.
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Vale lembrar que 2021 foi o ano que Ganso menos foi utilizado na carreira. As oportunidades já eram escassas, mas, quando vieram, ele sofreu grave lesão no braço direito, que o fez perder praticamente todo o segundo semestre. Foram 25 jogos fora durante a recuperação e apenas 23 partidas disputadas ao longo da temporada. Ele fez três gols e deu duas assistências em 1.014 minutos.
- O torcedor tem todo direito de pedir quem ele quiser, mas vou ganhar ou perder com a minha cabeça. Não tenho mais que estar preocupado em fazer o segundo, preciso não levar o empate. O torcedor é soberano, pede quem quiser, vaia, xinga. Entendo totalmente isso. O Ganso faz parte do grupo, está trabalhando bem, pensamos em colocar ele, mas foi um jogo com intensidade grande. Quando ninguém achar que vai entrar, ele entra. Tenho que pensar e analisar com a minha cabeça, porque a que rola é a minha, não de ninguém. O Ganso faz parte, estava disponível e disposto a entrar. Ainda não foi hoje que ele entrou, mas vamos ver nos próximos jogos - analisou Abel.
Com contrato até o fim de 2023, Paulo Henrique Ganso já viu diversos nomes passarem pelo Fluminense desde que assinou o contrato em fevereiro de 2019. O Tricolor já buscou Nene, Cazares e mais recentemente Nathan, emprestado pelo Atlético-MG. Há até um entendimento que os dois podem atuar juntos, mas isso ainda não aconteceu. Quem vê os treinos garante que o meia vai bem, mas as chances não chegam.
Na coletiva de apresentação, Ganso falou que estava "feliz, leve e sem preocupações". O primeiro ano, de fato, foi o melhor. Não houve grandes momentos brilhantes, mas tinha status de titular e atuou por 4.094 minutos em 47 jogos, fazendo cinco gols e dando uma assistência. Em 2020/21 vieram os problemas físicos (passou por reequilíbrio muscular na coxa, lesionou a panturrilha, teve lombalgia e ainda sofreu com Covid-19 e apendicite). Foram 1.116 minutos em 33 partidas, com um gol e dando passe para dois.
Com a falta de espaço e expectativas frustradas, Ganso chegou a conversar com o Santos, mas as negociações não avançaram. Ele também analisava a situação em outros clubes para tentar ter mais espaço. No fim, permaneceu nas Laranjeiras. Chegou até a se oferecer para atuar fazendo uma espécie de "falso 9", quando marcou seus gols em 2021, mas nada que o tirasse da reserva com Odair Hellmann, Marcão, Roger Machado e agora Abel Braga.
Concorrendo com Nathan e Jhon Arias (que Abel já admitiu que prefere um pouco mais recuado), Paulo Henrique Ganso segue esperando sua hora. No próximo domingo, o Fluminense volta a entrar em campo para o clássico com o Flamengo, às 16h, no Estádio Nilton Santos, pela quarta rodada do Campeonato Carioca.