Relembre cinco pontos importantes do caso polêmico entre Scarpa, Mayke e Willian Bigode
Ex-companheiros no Palmeiras, meia e lateral teriam perdido milhões em investimento indicado pelo atacante
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Após Gustavo Scarpa e Mayke caírem em um golpe de criptomoedas por intermédio de Willian Bigode, acusado de ter apresentado a empresa de investimentos, o trio de ex-companheiros do Palmeiras travaram uma batalha judicial. As vítimas da fraude recorreram à Justiça de São Paulo para penhorar 30% do salário do jogador do Athletico, emprestado pelo Fluminense. Para entender melhor o caso, o Lance! reuniu os 5 principais pontos da polêmica.
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INÍCIO DO CASO: GOLPE
A dupla afirma ter sido apresentada à empresa de criptomoedas 'Xland Holding' por meio de Willian. De acordo com processos divulgados anteriormente, Scarpa e Mayke investiram mais de R$ 10 milhões no esquema da operadora e foram levados a acreditar que teriam um retorno de 3,5% a 5% ao mês. O jogador do Nottingham Forest aplicou R$ 6,3 milhões, enquanto o lateral-direito do Palmeiras colocou mais de R$ 4,5 milhões no negócio. A informação foi dada inicialmente pela Globo, no 'Fantástico'.
A Xland, de acordo com os depoimentos de Scarpa e Mayke, se apropriou do dinheiro deles para fazer investimentos e não devolveu a quantia solicitada. A dupla também processou a WLJC, empresa de gestão de capital que tinha Willian Bigode como sócio-proprietário, e atendia jogadores de futebol.
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ÁUDIOS ENTRE OS JOGADORES
Em conversa antes do golpe, Willian Bigode, à época no Palmeiras, convence Scarpa e dá garantia de ''conhecimento apenas sobre a Xland, mas não por outras empresas'' e reafirma ''toda ética, fidelidade e ética com a Xland'' - em áudio divulgado inicialmente pela 'Band'.
Depois, Scarpa comunicou ao companheiro, Bigode, que estava sendo ''orientado a fazer um B.O'' e ''por consideração e amor'' deu um toque antes. No áudio, Gustavo, ex-Palmeiras, disse que citaria o nome da WLJC, que tinha Willian como um dos sócios, e na sequência do caso o jogador do Nottingham Forest enviou 250 páginas de conversas entre os dois à Justiça.
- Bigode, o meu advogado está me orientando a fazer um B.O., mano. Criminal. Na polícia mesmo (...) Pelo respeito, amizade, consideração e amor que eu tenho por você, queria te dar um toque antes. Infelizmente vou ter que falar da sua empresa - fala o meia.
- Scarpinha, agora não tem nem mais questão de confiança, irmão. Agora é orar. Fazer o que sei -, respondeu Willian Bigode a um dos aúdios do ex-companheiro.
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WILLIAN BIGODE SE MANIFESTA
Inicialmente, o jogador negou as acusações e afirmou também ter sido vítima de um golpe da operadora. Em nota divulgada com a WLJC, Willian Bigode se mostrou prejudicado com prejuízos de cerca de R$ 17.500.000,00 ''somando os rendimentos com capital aportado, uma vez que solicitou o resgate em novembro de 2022'' e ainda não tinha recebido a quantia da Xland.
Por fim, a nota esclareceu que "a empresa WLJC não tinha poderes para realizar investimentos em nome de seus clientes'' e que em relação ao Scarpa ''somente foram prestadas informações com relação à Xland e o procedimento para investir''.
BLOQUEIO DE CONTAS
Em março, a Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de contas de Willian Bigode e de seus sócios na empresa WLJC, além de outros dois representantes da Xland Holding. A ação envolveu cerca de R$ 5,36 milhões à época. Outra decisão, essa da 14ª Vara Cível, movida por Mayke, atravancou um total de R$ 7,8 milhões das contas da operadora Xland e também da consultoria do atleta do Athletico.
Bigode recorreu e obteve decisão favorável na Justiça, através do juiz Danilo Fadel de Castro, da 10ª Vara Cível de São Paulo. Assim, as contas ligadas à WJLC, inclsuive de Bigode, foram desbloqueadas. Willian havia tido mais de R$ 300 mil bloqueados.
SCARPA E MAYKE COBRAM PENHORA DE 30% DO SALÁDIO DE BIGODE
O jogador do Notthingham Forest ainda busca na Justiça um ressarcimento de parte dos R$ 6,3 milhões, que perdeu no investimento em criptomoedas pela 'Xland Holding' - operadora indicada pelo atacante do Athletico e seus sócios na WLJC Consultoria e Gestão Empresarial. Mayke, por sua vez, cobra devolução de mais de R$ 7 milhões referentes ao dinheiro investido (R$ 4.583.789,31) e mais a rentabilidade do período lesado (R$3.250.443,30).
Na última semana, Scarpa e Mayke entraram com uma ação para que ''seja realizada a constrição de até 30% do valor recebido à título de salário'' de Willian, do Athletico. Ainda de acordo com o pedido, "o montante se revela razoável, não afrontando a dignidade ou subsistência do devedor e sua família''. A dupla também exige o bloqueio de arresto de bens de Bigode e suas sócias na empresa WLJC: Loisy Coelho de Siqueira, esposa do atacante, e Camila de Biasi Fava, responsável por indicar a operadora 'Xland' para investimentos em criptomoedas.
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