À frente do Chelsea, Lampard sonha em repetir feito de interino que o comandou em 2012 no título da Champions
Ídolo dos Blues assumiu após queda de Graham Potter no último dia 2
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Ser ídolo de um clube envolve assumir responsabilidades dentro e fora de campo. E Frank Lampard, lenda do Chelsea, decidiu ratificar esse posto de idolatria ao aceitar o chamado de um clube em chamas. Após a demissão de Graham Potter, o treinador concordou em comandar a equipe dos Blues interinamente até o fim da temporada. Pela frente, Lampard já encontra um grande desafio: terá o Real Madrid nas quartas de final da Champions League, iniciando a eliminatória na tarde desta quarta-feira.
O eterno camisa 8 da equipe londrina encontrou um Chelsea em baixa moralmente, após problemas com o antigo comandante. A equipe ocupa apenas a 11ª colocação na Premier League e vê a Champions como salvação da temporada. Panorama semelhante ao que Lampard vivenciou em 2012, ainda como jogador.
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Na ocasião, o treinador português André Villas-Boas foi contratado com direito a pagamento de multa junto ao Porto e chegou em Londres para ser o responsável pela primeira Champions da equipe. Porém, foi extremamente questionado por maus resultados no âmbito nacional e por mudanças na equipe, deixando Lampard como reserva de luxo. Ao perder a ida das oitavas de final para o Napoli por 3 a 1, Villas-Boas foi demitido. Em seu lugar, assumiu o interino italiano Roberto Di Matteo, que mudaria a história do clube.
No jogo da volta, Di Matteo simplificou: colocou Lampard no time titular, devolveu a confiança aos medalhões e os resultados vieram. Primeiro, o 3 a 1 devolvido sobre o Napoli, com gol de pênalti do camisa 8. Na prorrogação, Ivanovic marcou o quarto gol e classificou os Blues. Nas quartas, duas vitórias sobre o Benfica, novamente contando com novo tento em penalidade máxima de Lampard e classificação para a semifinal contra o Barcelona de Guardiola e Messi.
No Stamford Bridge, Drogba marcou o gol solitário que garantiu a vantagem inicial aos Blues no confronto. Na volta, parecia que o italiano sucumbiria ao jogo catalão: ainda no primeiro tempo, o Barça abriu 2 a 0. Porém, Ramires marcou um golaço de cobertura no final da etapa inicial, devolvendo a classificação ao Chelsea pelo gol fora de casa. No segundo tempo, Di Matteo fechou a casinha e contou com um pênalti perdido de Messi para segurar a vantagem; ainda houve tempo para Fernando Torres, com campo livre, driblar o goleiro Valdés e dar o golpe de misericórdia, selando a vaga na final.
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O último jogo seria disputado na Allianz Arena, estádio do Bayern. O adversário? O próprio Bayern. Com festa da torcida bávara e clima hostil para os ingleses, a partida foi truncada. Os alemães dominaram a posse de bola e marcaram o que parecia ser o gol do título aos 38 do segundo tempo, com Müller. Mas Drogba, de cabeça, empatou o jogo cinco minutos depois.
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A marca da cal, que foi personagem em todas as fases eliminatórias, não deixaria de aparecer na final. Primeiro, em pênalti de Robben, que Petr Cech defendeu na prorrogação. Depois, na disputa decisiva, quando Drogba novamente apareceria para marcar o último gol e consagrar o conto de fadas de um interino que inesperadamente acabara de gravar o seu nome na história do Chelsea.
11 anos depois, Lampard tem a chance de escrever um novo conto de fadas e pode se tornar o quinto homem - depois de Ancelotti, Guardiola, Zidane e Miguel Muñoz - a conquistar o título da Champions como jogador e treinador pelo mesmo clube. E começa o seu caminho contra o atual campeão da competição nesta quarta-feira, no Santiago Bernabéu.
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