Argentina aposta no trio de ataque para superar o Brasil e ir à decisão
Mesmo sem grandes atuações nesta Copa América, equipe comandada por Scaloni acredita no talento de Messi, Agüero e Lautaro para desbancar a Seleção Brasileira no Mineirão
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Mesmo sem uma grande atuação aos olhos dos torcedores, a Argentina vai crescendo e avançando na Copa América. Na classificação diante da Venezuela, por 2 a 0, no Maracanã, a Albiceleste deu indícios de como pretende incomodar a Seleção Brasileira na semifinal de terça-feira, às 21h30, no Mineirão. O trio de ataque, formado por Lionel Messi, Sergio Agüero e Lautaro Martínez é a esperança para superar os anfitriões e avançar à final do torneio.
A Argentina teve o controle da partida em diversos momentos no Rio. O gol no início, porém, facilitou as ações dos hermanos. No ataque, o trio funcionou logo nos primeiros minutos: Messi cobrou escanteio, a bola sobrou para Agüero na área, que finalizou de primeira. No meio do caminho, Lautaro - o caçula do sistema ofensivo com apenas 21 anos - tirou um toque de letra para colocar a equipe em vantagem. O camisa 22 soma seis gols em dez jogos e lidera a artilharia da Era Scaloni. Destes, dois foram marcados na Copa América.
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O fato é que Lautaro Martínez foi o homem mais perigoso na classificação à semifinal. Enquanto esteve em campo (deu o lugar a Di María na etapa final), o atacante foi quem mais incomodou os adversários e ainda teve um arremate que parou na trave. Foi escolhido como o melhor da partida pelos internautas em votação no site da Conmebol.
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Se Lautaro vive uma lua de mel com os torcedores, Agüero busca o seu melhor rendimento. Apesar da movimentação e esforço, o camisa 9 ainda não repetiu o protagonismo do Manchester City. Em alguns momentos, o atacante virou presa fácil para os rivais e deu lugar a Dybala no fim. A aposta é pela retomada do goleador na partida decisiva de terça. Desde 2006, ele soma 40 gols em 93 partidas com a seleção.
Messi não brilha e vai buscar a redenção contra a Seleção
Principal estrela da seleção argentina, Messi não teve uma tarde inspirada na classificação no Maracanã. O craque esteve bem marcado pelos venezuelanos e seus lampejos de genialidade não aconteceram. Ele reconheceu que não tem jogado bem na Copa América.
- A verdade é que não está sendo minha melhor Copa América, o que eu esperava, mas, como disse, não se pode jogar muito, para atacar, fazer algo diferente, se junta muita gente na frente também. Mas o importante é que vencemos, temos que seguir - disse o camisa 10.
Pelo inegável talento, Messi pode despertar na semifinal. Maior artilheiro da seleção, o craque soma 68 gols marcados e 43 assistências. Contra o Brasil, ele tem quatro gols (sem contar números das divisões de base). Ele soma ainda três vitórias, um empate e cinco derrotas em nove jogos contra o arquirrival.
- Não sei se é um rival perfeito (Brasil), o que nos importa é a semifinal. Queremos seguir, obviamente, sabemos que vai ser uma partida muito difícil, dura, por todos os jogadores que têm, pelo nível individual e coletivo. Mas está tudo muito igual nesta Copa América, vamos lutar para passar.
Sistema defensivo (ainda) preocupa
Apesar de o sistema ofensivo ser a esperança por vaga na decisão, a defesa terá que se desdobrar para evitar os espaços ao ataque brasileiro. Diante da Venezuela, sobretudo na etapa final, a Vinotinto criou chances e levou perigo ao gol de Armani, que teve mais uma atuação segura. O equilíbrio defensivo é um dos desafios para Lionel Scaloni no Mineirão. O sistema foi vazado três vezes na fase de grupos da competição e não dá sinais de segurança.
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