‘Não há maneira para que o madridista tenha dois dias felizes seguidos’
Tomás Roncero, jornalista do jornal "AS", critica atuação do Real Madrid contra o Wolfsburg
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Não há nenhuma maneira para que o madridista tenha dois dias felizes seguidos. É inexplicável que apenas 96 horas após a grande vitória alcançada no clássico, os mesmos jogadores (exceto Danilo Carvajal) sejam capazes de apresentar-se de forma ruim e cheia de erros. Para mim não vale ganhar o Barça no Camp Nou de forma heroica para logo em seguida protagonizar um espetáculo cômico em uma pequena cidade da Alemanha mais conhecida por sua fábrica de automóveis que por suas façanhas de futebol.
Eu me recuso a aceitar que Madrid se limita a ganhar o clássico como a única alegria do ano. Isso é pão para hoje e fome para amanhã. Eu quero, como o resto dos madridistas, se orgulhar de pontos nas grandes praças (Las Ventas, La Maestranza ...) e na aldeia. O Madrid deste ano é carne para psicólogos. Se um profissional qualificado não é capaz de oferecer dois trabalhos brilhantes consecutivos a empresa que lhe paga é que algo vai mal, muito mal. Os estudantes que um dia fazem uma excelente resultado acadêmico e depois demonstram falta de constância e compromisso com a sua vida educacional. Um jogador do Madrid não pode ter dias de folga quando está no campo de jogo. Excedência emocional é típico de pessoas sem hierarquia.
O Madrid de Wolfsburg envergonha a todos aqueles que no sábado presumimos sua capacidade para dar um soco na mesa ante o mundo inteiro. A noite passada foi um pesadelo. Para cima apressadamente como se em vez de chuteiras tivessem cascas de banana cobrindo seus pés! Um Madrid frio, feio, sem alma, chumbo, sem graça, previsível...
* Tomás Roncero, jornalista do jornal "AS"
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