Simeone elogia VAR e diz que prefere trabalhar com ‘jogadores rebeldes’

Um dos principais treinadores do mundo, Diego Simeone apontou o tipo de jogador que gosta de trabalhar, descreveu a essência de grandes clubes, e elogiou o VAR. Em entrevista ao jornal argentino 'La Nación', Simeone também falou da mudança geracional no Atlético de Madrid e analisou a importância de se conhecer a história de um clube para poder exercer um bom trabalho. Confira os melhores trechos da entrevista.

OS REBELDES
- Eu gosto dos jogadores rebeldes, os que são mais difíceis de treinar, porque é um desafio mudar suas cabeças para que cresçam na vida. Dentro de campo você se comporta da mesma forma que na vida: o egoísta e o generoso são os mesmos dentro e fora de campo.

VAR
- O VAR ajuda? Ajuda. Prejudica mais os clubes grandes ou pequenos? Os grandes, porque antes você jogava no estádio do Real Madrid, do Barcelona ou do Atlético e se caísse um rival em sua área, não acontecia nada; agora, pelo menos, estão obrigados a revisar os lances.

ESSÊNCIA DO CLUBE
- Quando os treinadores chegam a um clube, precisamos entender sua história. Se não entendermos, estamos destinados a ir mal. Se eu não sinto essa essência, eu não vou. O Ajax tem uma escola definida. O Barcelona tem, a Juventus também. O Atlético de Madrid também. O Real Madrid não, pois alterna de acordo com o talento. Existem equipes que estão crescendo como o Manchester City de Guardiola, que não tem história, mas, pouco a pouco, vai incorporando o caminho traçado por ele.

MUDANÇA DE GERAÇÃO
- Nos preparamos para competir. Queremos formar grandes jogadores. Hoje temos uma troca geracional importante no Atlético de Madrid e estamos preparando os Giménez, os 'Saúls', 'Kokes', Thomas, todos esses meninos que foram construindo com nós essa imprescindível mudança de gerações. Desejo que continuam transmitindo aquilo que receberam de seus companheiros, como líderes.

ESTILO
- Temos um estilo muito definido, que podemos desenvolver em alguns lugares de uma forma maior. Considero que a essência da equipe é reconhecida por todos, por uma criança, um funcionário do clube ou um adulto, todos sabem que vão ver uma equipe forte e intensa. A essência não tem nada a ver com o jogo.