As ligações perigosas de Ricardo Teixeira
LANCE! relembra alguns momentos nos quais o ex-presidente da CBF, indiciado pela Justiça dos EUA por corrupção nesta quinta, foi investigado
Nesta quinta-feira o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira viu o seu nome voltar aos holofotes. Ele foi um dos 16 indiciados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que, através do FBI, vem investigando casos de corrupção no futebol.
Teixeira presidiu a CBF entre 1989 e 2012. Neste período, viu seu nome envolvido em "negócios estranhos". Relembre alguns.
- Em 2010, a BBC divulgou uma lista com 175 pagamentos de propina feitos pela empresa suíça de marketing esportivo ISL, num total de mais de 100 milhões de dólares. Segundo a planilha, Teixeira teria recebido cerca de 9,5 milhões de dólares entre 1992 e 1997 por meio da empresa de fachada Sanud.
- Superfaturamento das despesas com o amistoso entre Brasil e Portugal, em 2008, em Brasília. A partida custou R$ 9 milhões, que foram pagos pelo então governador José Roberto Arruda à agência de marketing esportivo Alianto Marketing, de Sandro Rosell, amigo de Ricardo Teixeira e presidente do Barcelona na época, em 2008.
- Em novembro de 2010, o LANCE! revelou a manobra que permitiu a Ricardo Teixeira ser o senhor das decisões do Comitê Organizador Local (COL) e também do destino dos eventuais lucros da Copa do Mundo no Brasil. Auxiliado por seus assessores jurídicos, o dirigente montou uma sociedade para formar o COL. Mas com a participação de somente dois sócios: Teixeira, em sua pessoa física, detentor de 0,01% da participação societária, e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com 99,09%.
- Na reportagem da revista "France Football" que revelou a eventual compra de votos do Qatar na eleição que designou o país como sede da Copa de 2022, Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), é citado como um dos beneficiários do esquema. Ele também teria recebido um relógio de ouro do então emir do Qatar, Hamad bin Khalifa Al Thani, segundo informações do jornal 'Folha de S.Paulo'.
- Teria recebido propina de José Hawilla, dono da Traffic Group, empresa que negocia direitos de transmissão de torneios de futebol, como a Copa do Brasil. De acordo com a investigação do FBI, Marin também recebeu dinheiro ilegal na mesma operação.