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Cada vez mais utilizada por lutadores, cannabis medicinal ganha espaço como ‘suplemento esportivo’

Jessica Durand é médica pós-graduada em medicina do exercício e do esporte, além de especialista em cannabis medicinal, e falou sobre o assunto<br>

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imagem cameraLutadora do UFC, Karine Killer usa produtos a base de cannabis medicinal (Foto: Divulgação Contender Series/UFC)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 19/05/2022
14:47

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Nos últimos anos, a forma como a cannabis é vista, principalmente no âmbito medicinal, vem mudando consideravelmente. Hoje em dia, além de liberada em diversos países, a cannabis medicinal é utilizada nos mais variados tratamentos, casos de ansiedade, insônia, depressão, inflamações, epilepsia, autismo, glaucoma, doença de Alzheimer, Mal de Parkinson, entre outros.

No meio esportivo, o canabidiol (CBD) também vem conquistando o seu espaço. Muito utilizado por lutadores – em especial de MMA -, caso de Karine Killer do UFC, o tratamento com CBD auxilia na qualidade do sono, nutrição, bem-estar mental e emocional, recuperação e regeneração, por exemplo.

Médica pós-graduada em medicina do exercício e do esporte e especialista em cannabis medicinal, Jessica Durand falou sobre essa mudança de panorama, citando os motivos que levaram o CBD a ser indicado por autoridades do assunto como ela e, consequentemente, bastante utilizado por lutadores.

- O ano de 2021 foi mundialmente importante para o avanço na discussão e permissão da cannabis, principalmente no contexto esportivo. Tivemos os primeiros Jogos Olímpicos e Paralímpicos em que o CBD estava permitido após sua proibição e, além disso, as ligas esportivas profissionais estadunidenses não signatárias à WADA (Agência Mundial Antidoping) – que possuem suas próprias regras e códigos antidopagem – adotaram posicionamentos mais liberais em relação ao uso de cannabis pelos atletas - disse Jessica, que completou:

- Atualmente, há uma pressão dos profissionais da medicina esportiva e por parte dos próprios atletas em prol da liberação não só do CBD, mas dos demais fitocanabinoides nas competições. E a própria WADA se comprometeu a revisar, em 2022, a presença da cannabis na sua lista de substâncias proibidas. Com certeza estamos vivendo uma era onde a cannabis está cada vez mais se tornando um suplemento esportivo visto o seu potencial em auxiliar a qualidade de vida dos atletas, em diversas esferas de suas vidas, com uma baixa gama de efeitos colaterais - afirmou a médica, que é parceria da USA Hemp Brasil.

Por fim, Jessica Durand, que em 2021 acompanhou 13 atletas que fizeram o uso de produtos à base de cannabis no BJJ Stars – The New Star, primeiro reality show de Jiu-Jitsu do mundo, compartilhou a forma mais comum encontrada no Brasil:

- O meio de uso mais comum disponível no Brasil da cannabis medicinal se dá por via sublingual – óleos e tinturas –, que atuam de maneira sistêmica, melhorando o funcionamento do organismo no geral. Nos atletas, a via de uso depende dos fatores individuais e das características do exercício que se pratica. Podem usar além dos óleos, os produtos tópicos como cremes e géis que apresentam uma ação local importante - finalizou.

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