Viciado em tática, técnico do Luverdense ‘sobrevive’ na Série B
Enquanto na Série A apenas Tite se manteve do início ao fim no comando do Corinthians, Série B tem quatro 'sobreviventes'. Aos 34 anos, Junior Rocha, do Luverdense, é um deles
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Durante 38 rodadas de Série B, que se encerrou no último domingo, apenas quatro técnicos sobreviveram às demissões e interrupções no trabalho. Técnico mais novo do torneio, com 34 anos, Junior Rocha, do Luverdense, foi um dos raros que conseguiram o tão sonhado tempo de trabalho. Na elite, apenas o campeão Corinthians manteve seu comandante do início ao fim da competição.
Mesmo jovem e no modesto décimo lugar ao final da competição, Junior soube lidar com a pressão da demissão no futebol brasileiro e garante ter recebido apoio da diretoria e torcedores a todo momento. Para se manter no cargo em 2016 e completar mais um ano "cheio" no comando do Luverdense, Junior Rocha tem a receita: muito trabalho e "vício" em tática.
- Na verdade, eu vou sempre para o trabalho pensando no melhor, mas confio no meu trabalho. Encontrei membros na comissão muito bons, preparador bom... Ao meu redor tenho pessoas de muita confiança. Outro ponto é estar estudando direto, se atualizando. Tenho uma coisa boa que é ser perfeccionista na tática, gosto da equipe sempre organizada. A pressão é normal, mas tenho que acreditar no meu trabalho - disse o comandante, ao LANCE!.
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Ao contrário do que se pensa, a pouca experiência na profissão - o Luverdense é o primeiro clube profissional que dirige - mais ajuda que atrapalha. Quem pensa que os jogadores mais rodados "montam em cima" do treinador está enganado...
- Não vai atrapalhar nunca, ainda mais por eu ter vivido 12 anos no campo. Nunca deixei de tirar dúvida de atleta, principalmente tática. A idade é baixa, mas não parece que tenho 34 anos, estou meio judiado (risos). Depois que o jogador busca o histórico e vê que joguei bola, ele mostra respeito. Fundamental para isso é o dia a dia - explicou.
Apesar de não ter conquistado o acesso à elite do futebol brasileiro, o Luverdense teve picos na Série B que chamaram a atenção. Durante parte do segundo turno, a equipe era líder do returno e dona da segunda melhor defesa da competição. Mas o primeiro turno abaixo das expectativas, terminando na zona de rebaixamento, dificultou qualquer operação para alcançar o topo.
- Uma equipe organizada até perde um jogo ou outro, mas é mais difícil do que priorizar a individualidade. Quando prioriza um ou outro jogador, time vai ter dificuldade de fechar espaço. Aqui cada um tem sua função. Nossa média de idade foi de quase 23 anos durante grande parte da competição - disse Junior Rocha, que espera quebrar os prognósticos e se manter no cargo para seguir sonhando em levar o "novato" Luverdense à Série A do Brasileirão.
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