Com Medina na busca pelo tri, etapa de Portugal é decisiva para Tóquio-20
Penúltimo evento da temporada do Circuito Mundial pode decretar a conquista do terceiro título do paulista, bem como os atletas classificados para a estreia do surfe em Olimpíadas
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A um passo do tricampeonato, Gabriel Medina terá de entrar com tudo nas águas de Peniche, em Portugal, palco da penúltima etapa do Circuito Mundial (WCT), para evitar ser alcançado pelos principais oponentes. O evento, além de marcar os capítulos finais da batalha pela taça, será decisivo para a definição dos atletas que disputarão os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Como as condições nesta quarta-feira não foram boas, a organização marcou nova chamada para quinta-feira, às 5h (de Brasília). A janela vai até o dia 28.
Para entrar no seleto grupo de apenas cinco surfistas que conseguiram três títulos mundiais no circuito iniciado em 1976, a condição mínima para Gabriel é chegar na final. Ele já conseguiu isso duas vezes na carreira: em 2012 quando perdeu a decisão para Julian Wilson, e em 2017, derrotando o mesmo australiano. Se a taça não vier agora, a disputa seguirá no Pipe Masters, em dezembro.
O título pode ser garantido com a simples classificação de Medina para a grande final em Portugal, desde que o brasileiro Filipe Toledo, vice-líder, que vem de uma lesão nas costas, não tenha passado da terceira fase, o potiguar Italo Ferreira (4º) não tenha conseguido chegar às oitavas de final nem o sul-africano Jordy Smith (3º) e o californiano Kolohe Andino (5º) nas semifinais.
Caso conquiste sua segunda vitória em Portugal, Medina festejará o tricampeonato se Filipe não tiver chegado nas oitavas de final, nem Italo nas semifinais e Jordy ou Kolohe não serem o outro finalista.
- Eu sei que posso conquistar o título aqui, mas não estou focando nisso. Só quero me concentrar em cada bateria e focar em vencer este evento. Eu comecei o ano um pouco devagar e as coisas começaram a melhorar depois de J-Bay (vitória na África do Sul). Mas, eu sempre começo cada evento do zero, sem pensar se venci o anterior, ou como estou no ranking. Todos começam cada evento no mesmo ponto de partida e estou feliz por estar de volta aqui, com minha família, então espero que seja um ótimo evento - disse Medina.
O paulista está muito perto de se garantir nos Jogos de Tóquio, mas a disputa pela segunda vaga do Brasil pelo ranking da World Surf League (WSL) está bem acirrada entre o vice-líder do ranking, Filipe Toledo, e Italo Ferreira, quarto colocado. Ambos já têm vitórias em Peniche e Italo defende o título conquistado no ano passado, quando deixou Medina nas semifinais e derrotou o francês Joan Duru na decisão.
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No feminino, Carissa quer selar o tetra
Em grande fase, a havaiana Carissa Moore está muito perto do tetracampeonato. Ela pode conseguir isso já nas semifinais, desde que a vice-líder, a americana Lakey Peterson, não tenha passado nenhuma bateria, a também californiana Caroline Marks não seja uma das finalistas e a australiana Sally Fitzgibbons não vença a etapa.
A cearense Silvana Lima é uma das adversárias da estreia de Carissa na terceira bateria, completada por outra havaiana convidada para esta etapa, Alana Blanchard.
Carissa foi a vencedora da última vez que o CT feminino passou por Peniche em 2010. Se repetir o feito, garante o título antes da última etapa na Ilha de Maui, Havaí, se Lakey Peterson não tiver chegado nas semifinais. A havaiana também pode confirmar o tetracampeonato antecipado com a classificação para a grande final, desde que Lakey tenha perdido antes das quartas de final e Caroline Marks não vença o campeonato.
- Estou superanimada por estar de volta à Peniche. Quando estávamos na França, procurei no Youtube o último evento que tivemos aqui para relembrar e foi muito bom. Não só eu, mas acho que todas as meninas estão felizes em voltar a ter uma etapa aqui. Eu estou tentando não pensar muito na corrida pelo título, mas é muito especial estar nesta posição. Sei que ainda há trabalho para ser feito, por isso vou tentar o meu melhor - disse Carissa.
Silvana busca dois objetivos nesta reta final da temporada: conseguir entrar no grupo das dez primeiras do ranking que são mantidas na elite para o ano que vem e a vaga para a Olimpíada de 2020. Ela está em 12º lugar no ranking e precisa chegar nas quartas de final em Portugal para superar a pontuação atual da última colocada no G-10, a costa-ricense Brisa Hennessy.
Já a batalha pela vaga nas Olimpíadas é contra a neozelandesa Paige Hareb, que está em 16º no ranking e tem que chegar nas semifinais para ultrapassar os atuais 22.020 pontos da Silvana.
Já a gaúcha Tatiana Weston-Webb, em oitavo lugar, está praticamente garantida para a estreia do surfe nos Jogos Olímpicos.
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