Com três joias no Draft, Paulistano encara missão de manter base jovem

O segundo vice-campeonato do Paulistano no NBB nem esfriou, mas o técnico Gustavo De Conti já tem pontos de interrogação vagando o time. Após revelar jovens talentos, o treinador, eleito o melhor da temporada 2016/2017 (veja mais abaixo), pode agora perder importantes nomes: Mogi (ala/armador), Georginho (armador) e Lucas Dias (ala). Isso porque os três atletas lutam nesta quinta-feira para serem escolhidos no Draft da NBA.

Mesmo com o risco de perder peças chave, Gustavinho conta que não sairá da frente da televisão, e torce pelo sucesso dos garotos.

– Espero que eles possam ser escolhidos e se deem bem lá. Se deixaram o nome é porque tem alguma chance, espero que sim. Eu estarei na frente da televisão torcendo. Se eles forem escolhidos, a gente vai ficar muito feliz – disse o comandante que explicou a situação do ala.

Um dos inscritos, Georginho, conta que, a poucos dias do Draft, estava com um frio na barriga. Mas ele lembra que será “uma loteria”.

– Agora está dando um friozinho na barriga. Até agora pouco eu estava esfriando a cabeça do campeonato, mas agora estou bem ansioso – afirmou o jovem de 20 anos.

O camisa 32 do Paulistano foi eleito o Jogador que Mais Evoluiu na temporada. Após três anos “escondido” no Pinheiros, ele conta que a mudança o fez crescer.

– Fiquei três anos no Pinheiros, mas eu estava um pouco acomodado. A mudança de clube eu não achei que fosse acontecer talvez de um rival para o outro, mas foi a melhor coisa que poderia ter acontecido.

Com a proposta de revelar novos talentos para o basquete brasileiro, o Paulistano não tinha uma meta traçada para o campeonato. O tempo, porém, mostrou que o time, com a média de idade de 21,9 anos, poderia brilhar e incomodar as equipes tradicionais. De Conti acredita que terá dificuldades para manter a base.

– Nós estamos tentando segurar os jogadores, porque se valorizaram bastante. É complicado, porque a gente não está entre as equipes com poder econômico mais forte da Liga. Estamos primeiro vendo o que a gente consegue renovar para depois tentar ir para o mercado e ver as peças que vão faltar – explicou o técnico.

Para Gustavinho, a temporada do alvirrubro serviu para discutir a importância da base.

- Acho que isso foi uma coisa interessante dessa temporada porque, de repente, a gente não olha tanto para as categorias de base e a gente mostrou pelo menos que temos que discutir isso. Vamos dar uma olhada no que a gente tem em casa primeiro ante de contratar um estrangeiro que não vai acrescentar muita coisa. Serviu não como modelo, mas para a gente discutir isso.

O comandante também relembrou, com carinho, a trajetória do clube.

- Foi uma temporada muito especial para nós. No início a gente decidiu investir nos jovens sem saber muito bem aonde poderíamos chegar, mas sabendo que eram jovens com muito talento que surpreenderam durante a temporada e conseguimos superar todos os desafios de uma equipe jovem e fazer a final do campeonato.