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Liga Brasileira de Polo Aquático promove 3ª etapa do Open

A capital paulista recebe, neste final de semana o terceiro evento da entidade criada este ano, após desentendimentos com a CBDA

Coletiva de lançamento da Liga Brasileira de Polo Aquático
imagem cameraDez dos 12 clubes mais importantes fazem parte da PAB
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Lance!
São Paulo
Dia 26/11/2016
16:27
Atualizado em 27/11/2016
08:00

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Responsável pela realização da 3ª etapa do Brasil Open de Polo Aquático, que se encerra neste domingo, no SESI Vila Leopoldina, a Liga Brasileira de Polo Aquático (PAB) foi criada este ano após divergências dos clubes com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

O vice-presidente da PAB, Eduardo V. da Cunha explica que o movimento nasceu no ano passado, com a reunião de 11 clubes que estavam insatisfeitos com o rumo da modalidade no país. Porém o fator crucial para o inicio do movimento foi após a CBDA não enviar a Seleção para disputar o Mundial Júnior, em 2015.

- Houve insatisfação também de alguns clubes que tinham jogadores que se prepararam para o Mundial Júnior no ano passado e, às vésperas da equipe embarcar,foi informado de que ela não iria mais por conta da variação na taxa do dólar. Mesmo alguns empresários ligados ao pólo aquático se disponibilizando para pagar a ida da Seleção, houve recusa por parte da CBDA. - conta Eduardo.

O vice-presidente informa que houve, no final de 2015, uma conversa dos clubes com a CDBA, representada pelo presidente Coaracy Nunes, pelo diretor de natação Ricardo de Moura e Ricardo Cabral, diretor do pólo aquático.

- Nessa reunião, vários pontos foram levantados e chegamos a um acordo com a CBDA, ou seja, ficou um implícito um acordo com o Coaracy com todos os pontos que foram pleiteados e um deles era a formação de um Conselho Consultivo com a participação dos clubes na indicação dos participantes. Além disso, seria feita uma reunião, ainda em 2015, para planejar e definir o calendário de 2016.

Porém, Eduardo conta que, tempo depois, a CBDA enviou uma lista com os membros do conselho, para a aprovação dos clubes e, em janeiro, viria o calendário já fechado.

- Em janeiro, em uma determinada data, nós recebemos uma ficha da CBDA já com o calendário de 2016 e que nós deveríamos aprovar este calendário em até 24h, ou seja, no dia seguinte. Em face disso, dez clubes daqueles 11 que participaram do movimento no ano passado, das reuniões, decidiram trilhar um caminho em separado da CBDA - afirma.

A PAB é formada por 10 das 12 principais equipes da modalidade: Associação Brasileira a Hebraica (SP), Clube Jundiaiense, de Jundiaí (SP), Clube Internacional de Regatas, de Santos (SP), Clube de Regatas Flamengo (RJ), Fluminense Football Club (RJ), Club Athlético Paulistano (SP), Esporte Clube Pinheiros (SP), Tijuca Tênis Clube (RJ), Clube Paineiras do Morumbi (SP) e SESI (SP).

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"A gente tentou ano passado e não conseguimos"

Com a ruptura, a PAB utilizou o primeiro semestre para cuidar de todas as questões jurídicas, deixando as competições para iniciarem no meio do ano.

- Em junho, nós fizemos o primeiro evento que foi a primeira etapa do adulto. No segundo semestre, nós realizamos todos os eventos de categoria de base (sub13,sub15, sub17, sub19), no masculino e no feminino, e mais etapas do adulto, masculino e feminino - conta o vice-presidente.

Ainda sem o reconhecimento da CBDA, o Cunha afirma que as entidades, hoje, trilham caminhos diferentes. Porém afirma que todas as questões relativas às Seleções estão sob os cuidados exclusivos da confederação.

- Nós procuramos a CBDA ano passado justamente para tentar um acordo, não era o objetivo de nenhum clube fundar e gerir uma liga. Amparados pela Lei Pelé, que permite a criação e gestão de ligas, a gente optou por este caminho.
Porém, toda a parte de seleção continua sendo responsabilidade da CBDA, que é a entidade do Brasil filiada à Federação Internacional de Natação (FINA), que é a entidade máxima dos esportes aquáticos no mundo - explica.

Hoje a PAB está focada em democratizar o esporte e priorizar as necessidades dos clubes.

- O objetivo é fomentar o nosso esporte e participar da gestão, ou seja, decidir o que nós, clubes, achamos que é bom para a gente e não receber coisas impostas.

O vice-presidente conta que a liga tem um projeto de expandir a modalidade, tirando o foco de Rio de Janeiro e São Paulo, através de eventos e palestras.

- Se a gente organizar um evento na Paraíba, a gente vai fazer a organização e a gente vai mandar para lá isso, claro que por meio de patrocinadores, vamos mandar um arbitro, um técnico e um jogador de algum clube da primeira divisão para poder dar palestras e ajudar na formação local de árbitros, técnicos e os jogadores servirem de espelho, de referência para o esporte - explica.

A última etapa classificatória do adulto masculino e feminino e os play-off serão realizados em dezembro, no Rio de Janeiro. Este será o último evento da federação deste ano.

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