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Papo com Helio Castroneves: ‘Repetimos a dose’

Piloto comenta como foi vencer pela segunda vez consecutiva a Rolex 24 at Daytona

Papo com Helio Castroneves
imagem cameraHelio Castroneves celebra sua segunda vitória consecutiva em Daytona (Foto: Divulgação/IMSA)
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Lance!
Piteå (SUE)
Dia 03/02/2022
16:41

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Olá amigos, tudo bem?

Hoje eu estou aqui na Suécia, onde neste final de semana participarei mais uma vez da Race of Champions. Na semana que vem vou contar em detalhes para vocês tudo o que ocorre por aqui. Já posso adiantar que o lugar é lindo, mas tem neve por todos os cantos. Um frio de danar!

Mas hoje, como não poderia deixar de ser, quero falar de um dos principais momentos da minha carreira, que foi vencer pela segunda vez consecutiva a Rolex 24 at Daytona. Um ano depois de estrear como vencedor dessa prova mundialmente famosa pela Wayne Taylor Racing, fui abençoado com a chance de repetir a dose, agora pela Meyer Shank Racing.

Muita gente veio comentar comigo meu gesto de abraçar, antes ainda do pódio, o Wayne e seu filho Ricky Taylor, piloto maravilhoso que lutou pela vitória até o último instante, concluindo a prova em 2º lugar.

A verdade é que, nos últimos anos, aprendi a admirar e a respeitar demais toda a família Taylor. É uma alegria imensa tê-los todos como queridos amigos, amizade essa que foi sendo construída ainda nos tempos da Penske no IMSA.

Ricky e eu formamos a dupla do Acura ARX-05 DPi #7 do Team Penske e foi uma parceria muito firme, dentro e fora das pistas. Trabalhamos muito e conseguimos conquistar, juntos, o título de 2020, juntamente o último dessa fase da Penske na categoria.

Apesar de ser um adversário, o lado pai sempre falou muito forte para o Wayne, tanto que ele sempre foi um dos primeiros a cumprimentar a gente quando Ricky e eu vencíamos. Se aparecesse um marciano naquela hora, não ia entender nada: “Como que esse cara de azul está festejando a vitória do pessoal de branco, que acabou de derrotar a equipe dele?”.

Sabe o que é, seu marciano, é que automobilismo é família, paixão, emoção, sacrifícios, reconhecimento, celebração e muito mais. E dessa vez, fiz o que meu coração mandou. Fui lá e dei o meu melhor abraço para pai e filho, meus queridos amigos.

E por falar em queridos amigos, o que a equipe Meyer Shank Racing fez nessa corrida não foi fácil. Cada membro do time, independentemente da função, trabalhou muito além da eficiência. Mas aí o tal marciano pode perguntar: “Mas, Castroneves, a equipe não faz isso sempre?”. A resposta é sim, mas há ocasiões em que isso só não basta, precisa de um algo mais, um negócio a mais que vem de dentro, meio parecido com fé, amor, devoção ou tudo isso junto. Uma espécie de força extra que só pode surgir do fundo do coração.

Acho que estou me enrolando nessa tentativa de explicar, mas a verdade é que a felicidade de subir no alambrado foi redobrada porque a equipe toda veio junto, numa onda de alegria que acho que só Deus explica.

Foi a segunda vitória também para Mike Shank, que já havia vencido em 2012 com um timaço formado pelo Oswaldinho Negri, John Pew, AJ Allmendinger e o saudoso Justin Wilson. Naquela época, o Jim Meyer ainda não estava no time.

Sobre a corrida, nossa estratégia foi perfeita durante as 24 horas e nem um furo de pneu conseguiu tirar a vitória da gente. Se a gente olhar, cada um dos quatro pilotos têm características diferentes e, numa prova de Endurance, uma vitória é resultado de uma somatória de esforços. Foram fantásticos o Tom Bomqvist, Oliver Jarvis e o Simon Pagenaud.

O Tom e o Oliver serão os titulares no programa da MSR no IMSA, enquanto eu e o Simon estaremos full time na IndyCar. A gente só vai se juntar nas provas longas, como essa, quando o time precisar de mais pilotos. Acho que esse primeiro ajuntamento deu muito certo. Vamos fazer de tudo para repetir a dose nas próximas.

Tem gente brincando comigo, dizendo que abandonei minha coleção de anéis para começar outra, de relógios. Nada disso, quem disse que não posso colecionar anéis e relógios ao mesmo tempo, né?

Obrigado pela torcida, forte abraço a todos e até semana que vem.

* Helio Castroneves, especial para o LANCE!

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