ANÁLISE: Palmeiras ‘esquece’ o caminho do gol e precisará invocar seu espírito decisivo na Liberta
Verdão domina o Grêmio, mas sai de Porto Alegre sem balançar a rede e com derrota
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O Palmeiras teve mais de 60% e finalizou mais do que o dobro de vezes do Grêmio, na derrota por 1 a 0, na quinta-feira (21), pela 24ª rodada do Brasileirão. Não podemos dizer que a atuação palmeirense em Porto Alegre não foi dominante, mas ao mesmo tempo ela não traduziu em bolas na rede a superioridade em campo. Assim, o Verdão tem apenas dois gols nos últimos cinco jogos e pelo jeito vai precisar usar seu espírito decisivo para encarar a semifinal da Libertadores.
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Depois de vencer o Vasco por 1 a 0 com um golaço salvador de Veiga, de empatar em 0 a 0 com Corinthians e Deportivo Pereira e de vencer o Goiás com um gol no último minuto, a esperança era de que o duelo com o Grêmio fosse de maior inspiração para o ataque, mesmo sem uma solução para a ausência de Dudu. O time até teve um enorme volume ofensivo, mas não soube finalizar. Com disse Abel Ferreira, faltou eficácia e capricho.
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Apenas quatro das 16 finalizações do Verdão foram em direção ao gol, incluindo aquela que Veiga desperdiçou cara a cara com o goleiro Gabriel Grando. Ou seja, 25% de índice de acerto, o que prova a fala do treinador. Além disso, foram 48 cruzamento, sendo somente oito certos. Tais números escancaram que o ataque está pouco inspirado nesta fase da temporada.
Essa ausência de Dudu explica boa parte desse problema, pois de fato é um jogador "insubstituível" e não há uma alternativa que tenha funcionado até aqui. Endrick, por exemplo, entrou no lugar de Rony no comando do ataque para enfrentar o Grêmio, mas o garoto não conseguiu levar perigo. Artur, por sua vez, teve outra partida ruim, Veiga também não foi bem e a dobradinha Mayke e Rocha não ajudou tanto.
Acontece que é preciso encontrar uma rápida solução tanto para a baixa de Dudu, quanto para a falta de gols. Isso porque nesta quinta-feira (28), será o primeiro jogo da semifinal da Libertadores, diante do Boca Juniors-ARG, na Bombonera. Apesar de o time argentino não ser lá essas coisas, a camisa é enorme, especialmente jogando em seu estádio. A falta de eficácia pode ser mortal já na partida de ida.
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E se não há inspiração técnica, tática e física, será necessário invocar a força mental e o espírito decisivo desse elenco, que já apareceu em outras oportunidades nas quais pouco se acreditava ser possível uma resposta. Quem sabe ao se deparar com o mata-mata, com uma Bombonera lotada, com a pressão e com o cenário adverso, o Verdão não possa despertar esse ataque adormecido?
Até lá, Abel Ferreira terá uma semana para preparar todas essas variáveis de um grupo vencedor. Um resultado positivo fora de casa trará tranquilidade para definir a vaga no Allianz Parque, como aconteceu nas oitavas de final contra o Atlético-MG (1 a 0 na ida e 0 a 0 na volta), e nas quartas contra o Deportivo Pereira (4 a 0 na ida e 0 a 0 na volta).
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