Na semana de volta do Paulista, Palmeiras celebra 69 anos de título que considera Mundial
No dia 22 de julho, exatamente no dia do clássico contra o Corinthians, em Itaquera, o alviverde comemora a conquista da Copa Rio 51, que até hoje gera controvérsias
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Na próxima quarta-feira, 22 de julho, é dia de retorno do Campeonato Paulista, e o Palmeiras entra em campo contra, nada mais, nada menos, seu maior rival, o Corinthians, às 21h30, em Itaquera. No entanto, a data também é lembrada por outro motivo, tão importante quanto: 69 anos atrás, o alviverde levantava o caneco da Copa Rio de 1951, que até hoje provoca comentários.
O título é controverso, isso porque sempre surgem novas “atualizações” sobre se ele é ou não o primeiro Mundial de Clubes da história do futebol. O Palmeiras acredita que sim e o trata como tal. Depois da Copa de 50, sediada no Brasil e vencida pelo Uruguai em pleno Maracanã, alguns times da América do Sul e da Europa participaram do chamado Torneio Internacional de Clubes Campeões no ano seguinte.
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Participaram, além do Palmeiras, campeão paulista, e Vasco, campeão carioca, Estrela Vermelha (campeão da Copa da Iugoslávia), Áustria Viena (campeão austríaco), Juventus (campeã italiana), Nacional (campeão uruguaio), Nice (campeão francês) e Sporting (campeão português).
Naquela época, o torneio foi considerado um Mundial nas matérias de jornais, por exemplo, e, anos depois, com insistência, pesquisa e dossiês entregues pelo alviverde, a entidade máxima do futebol reconheceu a Copa Rio de 51 como o primeiro Mundial da história – em 2013, por Jérôme Valcke, então secretário-geral.
Em 2014, complementando o reconhecimento, o Comitê Executivo da Fifa enviou uma ata ao governo brasileiro ratificando “concordância com pedido da CBF para reconhecer o torneio entre clubes europeus e sul-americanos vencido pelo Palmeiras em 1951 como o primeiro Campeonato Mundial de Clubes”. Ainda assim, a Copa Rio de 51 é alvo de brincadeiras e provocações por parte dos rivais, principalmente os paulistas, como Corinthians (Mundiais de 2000 e 2012), São Paulo (Mundiais de 1992, 1993 e 2005, já no novo formato que segue até hoje) e Santos (Mundiais de 1962 e 1963).
Em 2017, já com Gianni Infantino no comando da Fifa, a entidade passou a não mais considerar o torneio como Mundial, já que esse tipo de competição só começou a existir em 2000. Pouco depois, o órgão passou a reconhecer os títulos entre 1960 e 2004. Ou seja, uma nova atualização, por isso essa quantidade de dúvidas em torno deste título.
A campanha alviverde contou com vitórias sobre o Nice (3 a 0) e o Estrela Vermelha (2 a 1), além de uma derrota por 4 a 0 para a Juventus, na fase de grupos. Já na semifinal, o alviverde encarou o Vasco, venceu por 2 a 1 e empatou por 0 a 0, conquistando a vaga para a final contra a Velha Senhora. O primeiro compromisso terminou com vitória por 1 a 0, com gol de Rodrigues, e, no dia 22 de julho de 1951, o Palmeiras empatou por 2 a 2, com gols de Rodrigues e Liminha, para levantar o caneco do primeiro Mundial de Clubes, controverso ou não.
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