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Com dobro do custo inicial, Linha 4 é inaugurada só para público olímpico

Presidente Michel Temer participa do evento após percorrer trajeto entre Ipanema e Barra da Tijuca. Secretário minimiza atrasos e afirma que entrega em cima da hora não preocupa

Linha 4 do metrô foi inaugurada neste sábado
imagem camera(Foto: Jonas Moura)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 30/07/2016
11:22
Atualizado em 31/07/2016
02:36

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Uma das maiores dores de cabeça na preparação do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016, a Linha 4 do metrô foi inaugurada neste sábado, com a presença do presidente da República, Michel Temer, do governador em exercício, Francisco Dornelles, do governador licenciado Luiz Fernando Pezão e do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Eles percorreram o trecho olímpico, entre Ipanema e Barra da Tijuca. O serviço começa a operar na segunda-feira, apenas para o público credenciado.

A obra, que deveria ter sido entregue em dezembro do ano passado, com testes previstos inicialmente para junho, atrasou, estourou o custo e só ficou pronta a poucos dias da cerimônia de abertura olímpica, que acontece na próxima sexta-feira. Orçada em R$ 5 bilhões, já custou quase o dobro da previsão: 9,7 bilhões, segundo o governo estadual.

– Os Jogos foram uma motivação para melhorar e ampliar o conforto da população do Rio. Verifiquei na Linha 4 o quanto será útil para as famílias. Um trajeto de duas horas que durará 20 minutos. Os Jogos servirão para fraternizar o país como um todo – disse Temer, que voltou a falar em união.

– É fundamental que os Jogos promovam a unidade do nosso país, não só internamente, mas também internacional. O esporte é o melhor meio de unir e reunir as pessoas – afirmou o presidente, após transitar em um dos trens.

Um esquema especial foi montado para o uso do metrô durante os Jogos. A linha 4 funcionará entre 6h e 1h. Para comprar o bilhete, é preciso apresentar um ingresso da Olimpíada, em agosto, ou da Paralimpíada, em setembro. A população em geral só poderá utilizá-la em 19 de setembro, um dia após a cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos. 

A construção foi responsabilidade de um consórcio formado pelas construtoras Odebrecht, Queiroz Galvão, Carioca Engenharia, Servix e Cowan. A linha não estava prevista no dossiê de candidatura do Rio para sediar os Jogos, mas o plano vinha sendo traçado desde 1998, quando a obra foi licitada. O megaevento serviu para tirar o projeto do papel. A crise financeira enfrentada pelo estado exigiu que a União liberasse um financiamento para a conclusão.

– Não estou preocupado. Todos os projetos e desenvolvimento dos sistemas foram feitos com base em regras internacionais. A Linha 4 passou por extensos testes que nos permitem abri-la com total segurança, em uma operação especial, como em qualquer início de sistema – afirmou o secretário estadual de transportes, Rodrigo Vieira.

O trecho tem cinco novas estações: Nossa Senhora da Paz, Antero de Quental, Jardim de Alah, São Conrado e Jardim Oceânico. Haverá conexão com a Linha 1, na General Osório. A Gávea, antes prevista para 2016, ficou para 2018. 

Após a cerimônia, a imprensa fez uma viagem de Barra até Ipanema. O tempo total, sem considerar as paradas, foi de 15 minutos. Na ocasião, os jornalistas puderam permanecer 10 minutos em cada estação para fazer fotos e vídeos. Em todas elas, lixeiras são transparentes, como forma precaução contra objetos suspeitos.

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