Gatlin não se abate com vaias e parabeniza rival por feito histórico
A cada vez que sua imagem era mostrada nos telões do Engenhão, o americano Justin Gatlin era impiedosamente vaiado. Mas nem isso o deixou triste após a prata nos 100 m
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Justin Gatlin sentiu na pele o que significa competir com torcida contra no Brasil. Sim porque na final dos 100 m rasos neste domingo, no Estádio Olímpico do Engenhão, Bolt foi "adotado" como se fosse brasileiro, enquanto que o americano era a própria imagem do "inimigo". Toda a vez que sua imagem aparecia nos telões, os torcedores o vaiavam impiedosamente.
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Mas a reação da torcida não abalou o velocista americano de 34 anos, que em Londres-2012 havia conquistado a medalha de bronze, após retornar às pistas por conta de uma suspensão por doping.
- Sei que aqui no Brasil existem muitos fãs de Bolt, compreendo a reação deles, além disso havia muitos jamaicanos no estádio também. Mas as vaias não me desconcentraram. É que muitas pessoas não sabem o quanto trabalhei duro para estar aqui. O importante é que vi mais bandeiras americanas do que em qualquer campeonato - disse Gatlin.
Mesmo sem ter conseguido superar Usain Bolt mais uma vez - já havia fracassado na final do Mundial de Pequim, no ano passado -, Justin Gatlin afirmou que não ficou decepcionado com seu desempenho e que tem admiração pelo astro jamaicano.
- Trabalhamos 365 dias por ano para estar aqui e correr por nove segundos. Aos 34 anos ter que encarar estes garotos e ainda por cima chegar ao pódio é bom demais. E quero parabenizar Usain pelo que ele fez hoje aqui. Tenho o maior respeito por ele. Somos rivais na pista, mas não existe clima ruim entre a gente. Ele é um competidor que me empurrou para que eu me tornasse o atleta que sou hoje - disse o americano.
Justin Gatlin possivelmente terá dois novos embates com Usain Bolt no Rio de Janeiro: nos 200 m e no revezamento 4 x 100 m, provas em que ele e o jamaicano estão inscritos.
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