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Ao LANCE!, novo ministro fala em fortalecer politicamente o Esporte e prevê sucesso da Rio-2016

Leonardo Picciani vê PMDB dando prestígio ao Ministério às vésperas da Olimpíada

Leonardo Picciani, novo ministro do Esporte (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Leonardo Picciani, novo ministro do Esporte (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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De líder do PMDB na Câmara a ministro do Esporte. Com Michel Temer na presidência, Leonardo Picciani foi o escolhido para comandar a pasta faltando menos de três meses para a Rio-2016. A posse já foi tomada e a tarefa agora é se inteirar o mais rápido possível sobre o andamento das ações de responsabilidade da pasta, principalmente os Jogos Olímpicos.

Aos 36 anos e no quarto mandato de deputado federal, Picciani, que deu entrevista ao LANCE!, vê que pode usar a experiência como articulador no parlamento nacional para fortalecer politicamente o ministério que assume.

- O dia a dia do congresso nacional é multidisciplinar. Trata dos mais diversos temas. Entro em uma realidade diferente, uma tarefa de gestão. Encaro com tranquilidade. Acho que posso exercer papel de fortalecimento político da pasta. No momento em que o PMDB vai governar o país, desloca para o Esporte o líder da bancada. Isso mostra o prestigio politico do tema, do evento olímpico, do esporte como um fator de avanço social e melhora de vida - afirmou Picciani.

A agenda desta sexta-feira, um dia após a posse, já está cheia. Uma série de reuniões, começando com um encontro com Temer e passando para uma discussão com a equipe do Ministério para mergulhar nas ações.

- Efetivamente, vou começar nesta sexta. A posse foi no final do dia, começo da noite. Vai ter uma reunião ministerial com o presidente Temer, ele dará as principais diretrizes do governo. Em seguida, venho ao Ministério para fazer reunião como secretários, discutir os programas em andamento, as questões relativas à Olimpíada. Temos a Rio-2016 como uma oportunidade ímpar para o Brasil ser visto e se mostrar para o mundo todo. Não podemos medir esforços para o sucesso. E o teremos nesse grande evento - comentou Picciani ao L!.

"Certamente ocorrerão mudanças na equipe. Vamos tratar dentro da lógica daquilo que fortaleça o Ministério".

Ainda que não confirme o destino do ex-ministro Ricardo Leyser, colocado por Dilma Rousseff de forma interina, mas que tem vasta experiência no Ministério, Leonardo Picciani admite que mudanças na equipe do Esporte vão acontecer.

- Vamos conversar. Não há nenhuma decisão. Certamente ocorrerão mudanças na equipe. Vamos tratar dentro da lógica daquilo que fortaleça o Ministério. E sempre levando em conta a responsabilidade - completou.

Picciani, que votou "sim" para o Profut, defende um diálogo aberto com os clubes de futebol..

- Acho que essa relação deve ser profícua e transparente. O futebol tem um papel fundamental na cultura e sociedade. Tem que ser tratado com essa importância. Cabe a nós ajudar no fomento do futebol. Deve-se investir na defesa da paz nos estádios, ter uma forma de prevenir brigas e violência. O futebol é um tema muito amplo - disse ele, dizendo ainda que estará disposto a uma aproximação da CBF, coisa que não acontecia no governo Dilma:

- Tanto a CBF quanto todas as entidades esportivas terão portas abertas no Ministério, vamos manter a melhor da relação.

BATE-BOLA COM O NOVO MINISTRO DO ESPORTE

- Vê a sua indicação ao Ministério como forma de tirar da sua mão a liderança do partido na Câmara após ter votado contra o impeachment de Dilma Rousseff?
De forma nenhuma, Eu e outros seis deputados do PMDB tivemos essa posição em relação à avaliação que fizemos do processo. Temos a responsabilidade com o país e a realidade. Não me cabe entrar no mérito que levou ao afastamento dela da presidência. Mas é um fato e o PMDB tem a obrigação de assumir o comando do país. Todos os quadros do partido tem um foco essa tarefa de somar esforços de forma responsável, contribuir para que o país recupere o crescimento econômico. Foi uma grande honra esse convite, uma mensagem de apreço ao Rio de janeiro também, como estado e cidade-sede dos Jogos Olímpicos

O ex-ministro Leyser assumiu com o status de interino. E o senhor chega ao cargo com a chance, pelo menos prevista no trâmite jurídico, de retorno de Dilma após 180 dias. Também se vê como interino ou o trabalho já vai ser pensado a longo prazo?
Essa nomenclatura não é o mais importante. Posso assegurar que no período que estiver aqui vou prezar por uma gestão transparente, produtiva, que zele pelos recursos do Ministério. Faltam recursos para o Esporte. Falta tanto no alto rendimento quanto no fator social, de inclusão. Então, vou zelar que o esporte possa ter mais recursos à disposição. Vou buscar na interlocução com o Congresso a aumentar a adequação orçamentária da pasta do esporte. Não estou preocupado com nomenclatura. Quero ser produtivo.

Qual é a sua relação pessoal com o esporte?
Torço pelo Flamengo, sempre que posso acompanho, assisto aos jogos. Mas ultimamente o quadro político demanda trabalho. Assisti pouco ao Campeonato Estadual por conta do ritmo mais intenso de trabalho. Eu pratico o ciclismo de estrada, sou federado à Federação Brasileira de Ciclismo, participei de algumas competições amadoras. Meu pai foi secretário de Esporte, então desde pequeno frequento o Maracanã.

Considera que o fato de ter recebido doação de campanha de construtoras, como a OAS, seja uma mancha para o cargo?

​Não vejo. Todas as doações foram feitas de acordo com o que a legislação prevê. As contas foram prestadas regularmente e foram aprovadas sem nenhum tipo de ressalva.

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