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Comitê ainda busca voluntários para evitar baixas na crise até os Jogos

Entidade realiza 80 mil entrevistas, mas número ainda é inferior à meta 'extra' para não haver prejuízo com desistências. Diretor não teme diminuição de interesse dos candidatos

Voluntários
imagem cameraComitê ainda busca voluntários para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos (Foto: Divulgação/Rio-2016)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 13/04/2016
20:39
Atualizado em 14/04/2016
08:10

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Mesmo após sofrer um corte de 10% de suas despesas e reduzir os postos de trabalho voluntário, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016 ainda precisa de interessados em ajudar na realização do evento.

Até o momento, 80 mil pessoas já foram entrevistadas e demonstraram interesse em participar, mas a marca ainda não é suficiente para garantir que as 50 mil necessárias estejam disponíveis. Isso porque muitas podem desistir nos quatro meses que restam até agosto.

A previsão inicial dos organizadores era de ter 70 mil voluntários, sendo 45 mil na Olimpíada e 25 mil na Paralimpíada. Mas, devido à necessidade de conter gastos e equilibrar o caixa de R$ 7,4 bilhões, a entidade reduziu o número em 20 mil.

Atualmente, não há mais uma divisão precisa de quantas pessoas atuarão em cada evento, pois muitas estarão em ambos. Com isso, o Comitê prevê que chegará a cerca de 57 mil postos de trabalho voluntário.

– Apesar de estarmos com inscrições abertas, a procura vai até o último momento. Há muita incerteza – afirmou Henrique Gonzalez, diretor de Recursos Humanos do Comitê.

Embora não remunerados, os interessados demandam gastos. A redução do efetivo foi uma forma de economizar com uniforme, alimentação e transporte. Como muitas áreas não essenciais passaram por cortes, como salas vip, a entidade fez uma redistribuição de suas vagas.

Um dos fatores que pode prejudicar a participação de quem já se comprometeu a trabalhar de graça é o cenário econômico ruim do país, o que tende a fazer as pessoas priorizarem vagas remuneradas. Mas o Comitê acredita que haverá interessados.

– A crise não afeta o voluntariado, pois ele não vem por dinheiro, mas por acreditar na causa do esporte como agente de transformação social. Afeta o orçamento. Temos de fazer menos do que imaginávamos, e com mais eficiência – avaliou Gonzalez.

Os voluntários podem atuar nas áreas de esportes, apoio operacional, atendimento ao público, imprensa e comunicação, protocolo e idiomas, serviços de saúde, produção de cerimônias, tecnologia e transportes.

Antes do corte, o Comitê tinha meta de entrevistar 120 mil pessoas para superar possíveis desistências. No cenário atual, a entidade precisaria de cerca de 86 mil para manter a proporção.

Apesar de algumas vagas demandarem habilidades específicas, a Rio-2016 busca todos os tipos de perfil. Inscrições pelo site do Comitê podem ser feitas até o dia 30 de abril.

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