Micale vê Brasil mais cascudo e, com convocação adiada, focado no ouro

Foram dois empates sem gols com adversários fracos e uma enxurrada de críticas e vaias. Agora, com duas vitórias consistentes seguidas da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos Rio-2016, o técnico Rogério Micale vê o grupo fortalecido, mais cascudo, com apetite para passar pelos desafios que ainda restam até o lugar mais alto do pódio, a começar com Honduras, adversário desta quarta-feira, no Maracanã.

- Conseguimos dois bons resultados. Acredito que nossa equipe soube lidar bem com a pressão de buscar uma medalha, ainda mais no momento como foi, das coisas que aconteceram como não esperávamos. Mas o importante foi a equipe suportar, nos deu força para alcançar o objetivo maior. Acredito que chegamos mais fortes nessa decisão - disse Micale, que deu entrevista nesta segunda-feira no palco da partida e ainda emendou:

- A Seleção Brasileira sabe da importância da medalha.

Micale ainda criticou a cultura do imediatismo que permeia o futebol brasileiro.

- Futebol é muito imediato. As críticas são positivas a partir do momento em que conseguimos avaliá-las e notar fundamentos em determinadas cobranças. Mas tem cobranças que não fazem nem sentido, são detalhes que não fazem diferença. Não gostaria que fosse normal, mas faz parte de um processo - comentou o treinador.

Rogério Micale ainda valorizou o adiamento feito pela CBF da publicização dos convocados por Tite para os jogos Seleção principal nas Eliminatórias da Copa-2018, contra Colômbia e Equador.

- Estamos fazendo um trabalho integrado com Tite e Edu. Toda nossa tensão está voltada para as Olimpíadas, está havendo um esforço generalizado. Esse adiamento (da convocação) vem a nos ajudar, até porque é um foco a menos que seria desviado - avaliou Micale, que veio ao Rio com o staff da CBF, enquanto os jogadores permaneceram em Teresópolis, na Granja Comary.