Mudança política envolve o Esporte, que pode parar na mão de Cabral
Marco Antônio Cabral, secretário de Esporte do Rio, é o nome do PMDB para assumir ministério em caso de afastamento de Dilma. Seria mais uma mudança nos últimos tempos
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A mudança de poder político em Brasília pode gerar nova mudança no comando do esporte nacional. Com a possibilidade de assumir a presidência, caso o afastamento de Dilma Rousseff seja confirmado, Michel Temer tem articulado os nomes para ocupar os ministérios e a pasta do Esporte está em jogo. Segundo publicações dos jornais O Globo e O Dia, o nome em questão é Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador do Rio Sérgio Cabral e atual secretário de Esporte e Lazer fluminense.
Marco Antônio, que completa 25 anos neste sábado, foi eleito deputado federal pelo mesmo PMDB de Temer e do pai em 2014, mas assumiu a secretaria de Esporte com o início do governo Pezão no Rio. Ele chegou a reassumir a cadeira de deputado mês passado só para poder votar a favor do impeachment de Dilma Rousseff na Câmara.
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Atualmente, o Ministério do Esporte está sob os cuidados de Ricardo Leyser, ligado ao PC do B, que herdou a cadeira depois da turbulência no governo e saída em massa de partidos da base aliada do PT. O Esporte era do PRB, cujo indicado fora George Hilton. A crise apertou, o PRB pulou fora da bancada governista e nem o fato de Hilton ter trocado de partido, indo para o PROS (em uma tentativa de ficar no cargo para a execução da Rio-2016), o segurou na cadeira. Mas Leyser já chegou com status de interino e foi colocado por ter intimidade com o projeto olímpico.
Um novo ministro do Esporte pode assumir imediatamente após a próxima quarta-feira, que é quando o impeachment de Dilma deve ser votado no Senado. Em caso da vitória do “sim”, ela será afastada por 180 dias automaticamente, deixando o Palácio do Planalto livre para Temer e suas alterações ministeriais.
As mudanças no Ministério do Esporte têm sido frequentes nos últimos tempos. George Hilton, por exemplo, tinha assumido o cargo no fim de 2014, após Aldo Rebelo (PCdoB) deixar a pasta depois da organização da Copa do Mundo. O próprio Rebelo assumiu a função depois de uma outra turbulência, esta relacionada a Orlando Silva, em 2011, motivada pela denúncia de desvio de dinheiro público do programa Segundo Tempo. Silva tinha iniciado a passagem em 2006, no primeiro ano do segundo governo Lula.
Se o afastamento de Dilma se concretizar e Marco Antônio Cabral assumir o Ministério, ele será o ministro mais jovem da história da democracia brasileira.
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