Queniano que cede credencial a técnico e quase é punido estreia bem
COI diz que treinador usou credencial de Ferguson Rotich não para fazer exames no lugar do corredor, mas para ir ao refeitório e libera atleta, que fica em 2º na eliminatória (800m)
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Uma tentativa de jeitinho à brasileira quase comprometeu a participação do corredor queniano Ferguson Rotich nos Jogos do Rio.
Na noite de quinta-feira, ele resolveu dar uma ajudinha ao seu amigo e treinador da equipe de atletismo John Anzrah: cedeu a sua credencial para que o técnico pudesse jantar na Vila dos Atletas. Anzrah aguardava na fila com outros atletas quando o pessoa do controle de dopagem - vendo o nome de Ferguson na credencial - o chamou para fazer exames. Tentado se manter na surdina, Anzrah foi, fez a coleta e assinou os documentos. Minutos depois, arrependido, mostrou o passaporte e disse quem era na verdade.
O caso logo estourou como sendo o de um treinador tentando se passar por atleta para encobrir algum doping na equipe mais forte de meio-fundo e fundo do atletismo. O verdadeiro Rotich foi chamado às pressas, fez exames que nada constataram e ficou guardando o resultado da sindicância, que saiu nesta sexta-feira: liberado para correr.
- Havia testemunhas e ficou claro que Anzrah não substituiu o atleta para fazer um teste de doping. O empréstimo da credencial foi por outro motivo - disse o gerente de controle antidoping do COI em carta enviada para os diretores da entidade.
- Este caso ainda não está encerrado, há um comitê disciplinar estudando o caso, pode haver punição. Porém, neste momento o atleta está livre para competir - disse o diretor de comunicação do COI Mark Adams, praticamente assegurando que o corredor deverá levar uma advertência.
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Aliviado, Rotich, de 26 anos, entrou na pista na eliminatória dos 800 metros no fim da manhã desta sexta-feira e se classificou para a segunda rodada ao terminar em segundo lugar na sua bateria, com 1m46seg (com o nono melhor tempo geral).
Já para Anzrah, aquele pratinho de comida que ele estava querendo para saciar a fome teve um alto preço. Foi punido pela federação queniana, que o mandou de volta para casa.
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