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‘Tendência é zerar episódios’, diz APO sobre criminalidade no Rio com Jogos

Rio de Janeiro começa a receber o suporte da Força Nacional para garantir a segurança de instalações olímpicas. Ministro afirma que haverá o efetivo ‘necessário’ para o megaevento

Agentes das Forças Nacionais
Com 1.500 homens, Força Nacional começou operação dos Jogos. Até agosto, número pode chegar a 6 mil (Foto: Roberto Castro/ME)

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O Rio de Janeiro começou na última terça-feira a reforçar a sua segurança para receber os Jogos Olímpicos, que começam em 30 dias. Em meio a casos de criminalidade com atletas e profissionais envolvidos no megaevento, a cidade ganhou o auxílio da Força Nacional para a vigilância de todas as 50 instalações.

O suporte inclui policiais militares, civis, bombeiros e peritos dos 26 estados da federação, além do Distrito Federal, que terão a responsabilidade de realizar tanto o monitoramento interno das arenas quanto externo, no acesso do público aos locais de competições.

– A tendência agora é zerar os episódios de criminalidade. O sistema da Força Nacional prevê um trabalho muito rigoroso, em relação à circulação de pessoas e de materiais dentro das instalações. Nosso entendimento é que tais crimes não deverão ocorrer no período dos Jogos – disse o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Marcelo Pedroso, ao LANCE!.

Para marcar o início da operação, coordenada pelo governo federal, o Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, participou nesta terça de uma cerimônia no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Ele não revelou o efetivo que será mobilizado, mas garantiu que será suficiente. A previsão inicial era de 9.600 agentes, mas o número ficará na casa dos 6 mil.

– Teremos todo o efetivo necessário para as funções que nos foram atribuídas – afirmou Moraes, que terá ajuda do governo de São Paulo com o efetivo.

Além da Força Nacional, a segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio contará com cerca de 22 mil homens das Forças Armadas (o número inclui uma reserva que será disponibilizada). Eles atuarão, sobretudo, no Aeroporto Internacional Tom Jobim e em vias expressas da capital.

Na última sexta-feira, as emissoras alemãs ARD e GDF tiveram equipamentos de seu estúdio de transmissão dos Jogos roubados na Avenida Brasil, após uma abordagem de homens armados, mas objetos foram encontrados depois.

Dois dias antes, o Centro Nacional de Tiro Esportivo, no Complexo de Deodoro, foi palco de uma tentativa de furto de nove notebooks por parte de vigilantes de uma empresa privada, contratada para realizar a segurança do local. A Polícia Militar prendeu quatro pessoas em flagrante e recuperou o material.

Além disso, a velejadora paralímpica Liesl Tesch (AUS) foi assaltada na Zona Sul do Rio em junho.

Marcelo Pedroso, presidente da APO (foto:divulgação)
Marcelo Pedroso, presidente da APO, acredita que Força Nacional levará episódios de criminalidade no Rio a zero (foto:divulgação)

Ministro não vê 'probabilidade' de terrorismo

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse ontem em sua visita ao Rio de Janeiro que não vê probabilidade de ações terroristas durante os Jogos.

– Não temos probabilidade hoje de algum evento terrorista na Olimpíada, seja no Rio de Janeiro ou no restante do Brasil. Mas há a possibilidade, como existe em todo o mundo. Então, estamos trabalhando com os mecanismos modernos. Atuamos em informação e inteligência. Há integração entre todas as áreas – disse Morais, durante em cerimônia da Força Nacional.

Com a palavra

Rio entra em ‘modo Jogos’ na segurança

Marcelo Pedroso
Presidente da APO, ao LANCE!

A operação da Força Nacional en todas as instalações dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, principalmente o Parque Olímpico e a Vila dos Atletas, envolve um esquema muito rígido, com toda uma parte de varredura dos locais de competições. Elas terão de se manter desta maneira até a realização dos eventos. Estamos entrando em modo Jogos. Até então, tínhamos apenas um parque com uma grande quantidade de atores envolvidos nas obras. Situações como o furto de notebooks em Deodoro são um ponto fora da curva.

Em relação ao terrorismo, o planejamento de segurança sempre trabalhou com esta perspectiva, independentemente de o país não ter registros de atentados. Temos a perspectiva de que os Jogos geram grande visibilidade para qualquer ação desta natureza, mas estamos tranquilos, pois há acompanhamento.

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