Ventos e torcida foram o combustível de Martine e Kahena para o ouro
Clima na areia da praia do Flamengo começou repleto de tensão e ansiedade. No fim, uma explosão de alegria e uma festa emocionante na conquista da classe 49ER FX
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Era nítido o clima de ansiedade e tensão na Marina da Glória. Quando cheguei na praia do Flamengo para acompanhar a regata da medalha da categoria 49er FX, senti no ar um turbilhão de sentimentos de torcedores, familiares de Martine e Kahena e dos próprios jornalistas. Afinal de contas, aquela regata poderia significar o sucesso ou fracasso total da vela brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio.
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Por outro lado, havia muita confiança nas duas brasileiras, que competiam no quintal de casa. Os resultados recentes delas também davam a segurança de que a medalha viria, mas que o ouro não seria fácil.
Não seria exagero afirmar que mesmo regulares do início ao fim, Martine e Kahena ficaram atrás na primeira metade da regata decisiva. Mas a cada avanço, todos ali presentes vibravam, fazendo da Marina da Glória um legítimo Maracanã em dia de grande clássico.
Os ventos, tão decisivos para este tipo de modalidade, sopraram à favor do Brasil. Na hora H, nossas meninas viraram douradas. Assumiram a ponta para conquistar o quarto ouro brasileiro em casa.
Uma alegria emocionante. Os familiares de Kahena nadaram em direção ao orgulho da família Kunze. Torben viu que seu legado, Martine, seguia seus passos. O tão sério pai, não escondia o orgulho da filha. No fim, veio o hino nacional com a torcida ao redor. Martine e Kahena saíram nos braços do povo e mostraram novamente que a mulher brasileira é predestinada ao sucesso.
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