Santista que mais jogou no ano quer impressionar Tite e traça meta
Zagueiro Lucas Veríssimo completa 50 jogos na temporada nesta quinta-feira, contra a Ponte Preta. Elogiado até por companheiros, ele ainda quer melhorar desempenho
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Até o começo do ano passado, poucos santistas sabiam quem era Lucão ou Lucas Veríssimo. Passado um ano e oito meses, o zagueiro tem seu nome falado não só no Santos ou no Brasil, mas já é conhecido por turcos, franceses e alemães. Em seu melhor ano da carreira, o jovem de 22 anos já tem uma conquista: ser o atleta que mais vestiu a camisa do Peixe no ano.
Nesta quinta-feira, contra a Ponte Preta, às 17h, no Moisés Lucarelli, ele completa 50 jogos na temporada e explica o motivo da longevidade.
- É trabalho. Faço bastante trabalho de manutenção antes dos treinos e fortalecimento muscular depois dos treinos. Acredito que isso colabora para prevenir contra lesões. Lesão grave só tive na base, em que estourei o tornozelo. Quero manter esse trabalho que vem me ajudando dentro de campo - destaca, em entrevista ao L!.
Após vencer o Palmeiras, os santistas comemoraram a aproximação ao líder na tabela, mas não pouparam os elogios. O zagueiro David Braz chegou a dizer que aposta em Lucão como melhor defensor do Brasileirão.
Lisonjeado, o camisa 28 do Alvinegro quer conquistar mais do que companheiros de time. O objetivo agora é entrar no radar de Tite na Seleção Brasileira. Para isso, ele já sabe o que fazer.
- Trabalho para melhorar. Sei que posso crescer ainda mais, por isso procuro trabalhar sempre. Acredito que estou em um nível bom, mas dá para ir mais além. É possível (aparecer no radar de Tite. venho fazendo meu melhor e almejo Seleção. Se não estou no radar ainda, espero um dia estar e trabalho para isso - completa.
Promovido do time B no começo de 2016, o cenário não era de otimismo para Lucas no início desta temporada. Mesmo com as lesões de Luiz Felipe e Cleber, o garoto não tinha muitas expectativas de ser titular, já que o clube havia contratado Cleber, do Hamburgo (ALE) por R$ 7,4 milhões.
Além da contratação badalada, tinha a concorrência do argentino Fabián Noguera. Mas a aposta de Dorival Júnior prevaleceu e Lucas resistiu à troca de técnico, manteve o nível com Levir Culpi e virou unanimidade.
Como muitos Meninos da Vila fizeram em sua trajetória, Veríssimo superou as adversidades. Hoje, o passado difícil serve como motivação.
- Todos os fatores eram contrários a mim. Veio um zagueiro a peso, o Braz já tinha seu espaço, então eu perdi espaço. Mas eu sabia que com trabalho eu poderia voltar a ter oportunidades. Abdiquei de férias para isso. Comecei a trabalhar cedo pensando em 2017 porque sabia que poderia ser um ano bom para mim. Tive sequência e eu soube aproveitar as oportunidades da melhor maneira - lembra.
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