São Paulo rebate Michael Beale e fala em atitude ‘patética’ e ‘desprezível’
Inglês fez duras críticas ao presidente Carlos Augusto de Barros e Silva e a gestão da diretoria de futebol. Em resposta, clube bateu forte no ex-auxiliar de Rogério Ceni
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A polêmica entrevista do inglês Michael Beale, publicada nesta sexta-feira pelo Portal UOL, gerou uma dura resposta do São Paulo. Em nota oficial divulgada pelo departamento de comunicação, a postura de Beale foi classificada como "patética" e "desprezível". O clube ainda disse que o inglês deve "a serviço de interesses que não são da comunidade são-paulina".
Na entrevista ao UOL, Beale atacou o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva e a gestão. Disse que "no São Paulo, existem muitos diretores que gerenciam o clube como se fosse um jogo de computador: vende, contrata e pensa que vai funcionar", entre outras coisas.
Confira a resposta do São Paulo, assinada pelo departamento de comunicação do clube:
"A entrevista do senhor Michael Beale divulgada hoje pelo UOL e reproduzida pelo site Globoesporte revela sua tentativa patética de criar intrigas e ter fora do São Paulo uma relevância que, infelizmente, nunca teve dentro do clube que o acolheu.
Sua atitude é desprezível, não apenas pelo conteúdo infundado e rancoroso de suas palavras, mas também pela oportunidade em que surge, à véspera de um jogo importante do São Paulo.
Sua manifestação, reveladora de uma estranha obsessão, certamente está a serviço de interesses que não são os da comunidade são-paulina".
Michael Beale pediu demissão do São Paulo três dias antes da dispensa de Rogério Ceni, no início de julho. O auxiliar inglês, com passagens pelas bases de Chelsea e Liverpool, chegou com o treinador no fim do ano passado. Confira alguns trechos das críticas de Beale em entrevista ao UOL:
"No São Paulo, existem muitos diretores que gerenciam o clube como se fosse um jogo de computador: vende, contrata e pensa que vai funcionar. Era só demitir o Ceni e trazer o Dorival que o time passaria a ganhar todos os jogos. Todos estão vendo que os resultados são exatamente os mesmos. Jogadores começaram a sair sem o conhecimento do treinador e outros chegaram sem a aprovação"
"Senti que o presidente não me queria no São Paulo de jeito nenhum. Ouvi que ele não gostava de mim pessoalmente. Não tinha nada contra ele, mas talvez eu estivesse tentando impedir a saída de alguns jogadores e ele achasse que não deveria fazer aquilo. Pelo respeito que tenho pelo Rogério, foi melhor sair. Se eu tivesse ficado mais cinco dias, eu teria recebido muito dinheiro do São Paulo por ser demitido, assim como Rogério e Charles (Hembert, auxiliar francês) foram depois"
"Quando saí, disseram coisas sobre a minha família não ter se adaptado. A verdade é que houve um erro em relação ao visto que iria fazê-los voltar para a Inglaterra e não poder retornar ao Brasil até fevereiro de 2018. Viajei para Foz do Iguaçu por causa do visto, e minha família tinha de ter me acompanhado para dar andamento no processo. Não fui orientado por ninguém. Só fui avisado que eu tinha de viajar, e o visto da minha família foi feito por uma empresa indicada pelo clube. Pelo erro, a minha família teve de ir embora do Brasil. Só poderiam ficar no Brasil 180 dias por ano como estrangeiros, e depois dos primeiros 90 dias teria de ser feito o pedido de ampliação. Esse tipo de erro não pode acontecer em um clube da grandeza e da história do São Paulo"
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