Dorival faz mistério sobre time e incentiva Cueva: ‘Diferenciado’
Treinador do São Paulo não quis divulgar a escalação que enfrentará a Ponte Preta neste sábado no Morumbi. Ele elogia peruano, mas pode deixá-lo no banco de reservas
O técnico Dorival Júnior fez mistério sobre a escalação do São Paulo que enfrenta a Ponte Preta neste sábado no Morumbi pelo Campeonato Brasileiro. Ao contrário do que costuma fazer, o comandante não quis divulgar o time, em entrevista coletiva nesta sexta-feira. Disse que já tem uma formação na cabeça, mas vai guardá-la para o momento da partida.
Dorival fez testes durante a semana e são três as principais dúvidas. Se o companheiro de Rodrigo Caio será o estreante Bruno Alves ou Lugano; se joga Jucilei, que vinha com dores na coxa esquerda, ou Jonatan Gomez no meio de campo; se Cueva ficará no banco dando lugar a Lucas Fernandes.
A tendência é que joguem Bruno Alves, Jucilei e Lucas Fernandes. Sendo assim, o meia peruano fica na reserva, já que não atravessa boa fase no clube. Ciente disso, Dorival comentou sobre o camisa 10 e o incentivou, apesar de dar a entender que o atleta precisará recuperar sua condição.
- Cueva é um grande jogador e não se discute suas qualidades. Você ficar analisando individualmente um jogador, não cai bem. Futebol é coletivo e foco nisso. Cueva da Seleção e Cueva do São Paulo eles têm uma aproximação muito grande, e é natural que aconteça nos dois. Natural ele ter feito gol, tem essa capacidade. É muito diferenciado. Confio muito nele. É questão momentânea para ele readquirir a confiança. E sei que ele tem esse sentimento. E cabe ao próprio trabalho dele para atingir suas convicções. Jogadores desse nível passam por um momento ou outro. Daqui a pouco ele encontra o melhor caminho - analisou Dorival.
O provável São Paulo, então, é: Sidão, Militão, Bruno Alves (Lugano), Rodrigo Cakio e Edimar; Petros, Jucilei (Gomez) e Hernanes; Marcos Guilherme, Lucas Fernandes (Cueva) e Pratto. Vale lembrar que o equatoriano Arboleda está suspenso.
Dorival arma o São Paulo para sair da 19ª colocação no Brasileiro. Ele falou sobre isso e outros assuntos na entrevista. Veja outros trechos:
Fase do time
O jogo contra o Palmeiras foi tão diferente do adversário? Se tivéssemos feito aquele lance do 2 a 2 contra o Palmeiras, um terceiro e quem sabe quarto gol, estaríamos falando de uma recuperação do São Paulo. Porque vencemos o Cruzeiro, depois um jogo equilibrado contra o Avaí, e o Palmeiras teve isso. As coisas estão caminhando, mas natural que pelo resultado, falem nesse sentido. Mas vi evolução contra o Palmeiras, a semana foi proveitosa, e quero ver a evolução contra a Ponte, porque foram duas semanas importantes
Jogadores estão comprometidos?
Não tenho dúvida. A reação da equipe sempre de equipe guerreira, vibrante. Os resultados são diferentes. Não acontecendo o resultado, não quer dizer que não foi entregue, determinada ao resultado. Ela está sendo remontada durante o campeonato
Treinador também perde a confiança no momento difícil?
Se o treinador perder a confiança num momento desses, ele não está capacitado para estar a frente de um projeto desses.
Quais trabalhos estão sendo feitos além do campo?
Temos feito todos os trabalhos possíveis. Repouso, preocupação, tudo aquilo que nos envolva. Hoje mesmo tivemos uma palestra muito importante. Espero que tudo isso, com o que temos feito em campo, encontramos o caminho e os resultados. Retornando a confiança, é natural que individualmente você produza muito mais e coletivamente os resultados tendam a aparecer. Estamos no aguardo disso. Já estivemos bem próximos, porém não tivemos competência para que abríssemos a possibilidade real.
Já tem uma formação ideal, apesar de tantas mudanças?
Tenho uma formação ideal. É natural que para uma equipe que ainda oscile, você tenha de buscar opções. Acredito que pelas dez partidas, por um ou outro resultado que não tenha contentado, acho até que mexi pouco. Dei uma sequência, dentro das possibilidades, a todos que entraram. Algumas alterações tivemos necessidades. Algumas lesões no meio do caminho. Para dez jogos, você ter contado com esses jogadores, a estrutura ainda foi mantida.
Qual a diferença das pressões dos times de cima e de baixo da tabela?
São pressões semelhantes. Quem está na parte de cima da tabela, tem pressão constante, para fazer pontos em todas as rodadas. Se você não fizer, quem está atrás falará. É um desgaste tão excessivo como estamos agora. Mas tenho tranquilidade para saber que o trabalho está evoluindo, o São Paulo está evoluindo. Sei que o momento não é bom, mas não tenho receio não. Tenho confiança.
Ponte Preta
A Ponte é uma equipe muito traiçoeira. Se prepara bem no seu campo de defesa, e um contra-ataque muito forte. Lucca, Emerson, potencial de definição muito bom. O Emerson merece uma atenção, o Lucca merece uma atenção. Toda a Ponte, espero concentração para que a gente coloque tudo em prática. Nos últimos jogos tomamos gols excessivos para uma equipe como o São Paulo. Estamos trabalhando muito nossas duas linhas de combate. Espero que possamos encontrar o caminho o mais rápido, ganhando no ataque e sustentação defensiva.
Acabaram as inscrições no Brasileiro. Time tem carências?
Carências são naturais que todas as equipes têm e apresentam. Às vezes você pode ter dois jogadores na mesma posição, e um não esteja rendendo. Todas as equipes têm carências. Mas precisamos encontrar soluções internas, as vezes um garoto na base. Todos temos de conviver, não é a todo momento ir no mercado. Tem de ter equilíbrio em momento importante.