Atual Coordenador de Seleções, Juninho Paulista deu assistência no último Brasil e Colômbia em SP
Meia foi titular em partida que marcou a estreia da 'Era Leão' na Seleção Brasileira
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Desde abril de 2019 no cargo de Coordenador de Seleções do Brasil, Juninho Paulista esteve em campo na última vez que a Seleção Brasileira principal atuou contra a Colômbia em São Paulo.
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Foi o ex-meia, inclusive, o autor da assistência, já nos acréscimos, para o gol da vitória brasileira, por 1 a 0, marcado pelo zagueiro Roque Júnior, de cabeça.
A partida aconteceu no dia 15 de novembro de 2000, no estádio do Morumbi, e foi válida pela 10ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, na qual o Brasil se sagraria campeão. No entanto, o momento à época estava longe de ser positivo como no título mundial.
O duelo contra a Colômbia foi o primeiro da curta 'Era Emerson Leão' pela Seleção Brasileira. O treinador havia assumido cargo no lugar de Vanderlei Luxemburgo, demitido menos de dois meses antes. Como Leão estava suspenso pelo STJD, por conta de uma expulsão quando ainda comandava o Sport Recife, pela Copa João Havelange, quem ficou no banco de reservas foi o preparador de goleiros Pedro Santilli.
Juninho Paulista, na ocasião, era recém-chegado ao Vasco da Gama, emprestado pelo Atlético de Madri, da Espanha. A primeira convocação do meia para a Seleção Brasileira foi em 1995, em uma partida contra a Eslováquia, que marcou o primeiro jogo do Brasil após a conquista do tetracampeonato mundial, em 1994.
Revelado pelo Ituano, mas projetado no futebol pelo São Paulo, ainda que estivesse como atleta vascaíno na convocação contra a Colômbia, Juninho Paulista estava em casa no Morumbi. E também a vontade com a Amarelinha, na qual já havia disputado a Copa América em 1995, os Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996 e conquistado a Copa das Confederações em 1997. O meia sói ficou de fora da Copa do Mundo de 1998, na França, por conta de uma entrada violenta do lateral Michel Salgado, a época do Celta de Vigo, em um duelo contra o Atlético de Madri, de Juninho, pelo Campeonato Espanhol.
Contra os colombianos, em 2000, Paulista fez uma dupla de meias com Rivaldo, que havia sido eleito o Melhor Jogador do Mundo no ano anterior, Juninho teve dificuldades para brecar um consistente sistema defensivo adversário. A paciência do torcedor paulista era pouca e antes da bola entrar já se houvia críticas e xingamentos vindo das arquibancadas do Cícero Pompeu de Toledo.
Aos 47:30 do segundo tempo, o atacante Adriano Imperador, que na época era uma promessa do Flamengo e fazia a sua estreia pela Seleção Brasileira, recebeu uma bola na entrada da grande área, tentou acionar quem chegava pela esquerda, mas a bola foi interceptada pela defensiva colombiana. Foi onde apareceu Juninho Paulista para cobrar o tiro de canto pelo lado canhoto, colocando a bola na entrada da pequena área, no primeiro pau, na cabeça de Roque Júnior, que subiu mais que todo mundo e cabeceou firme para o fundo do gol.
Desafogo no Morumbi, temporário em relação a caminhada rumo a Coreia e o Japão, que só veio ser definitivo em São Luís do Maranhão, quando a Seleção Brasileira, já sem Leão, demitido após o quarto lugar do Brasil na Copa das Confederações de 2001, era comandada por Luís Felipe Scolari.
Em relação aos 18 convocados por Emerson Leão o duelo contra a Colômbia, Felipão manteve nove na lista derradeira que disputou o mundial: Rogério Ceni, Cafu, Lúcio, Roque Júnior, Edmílson, Junior, Vampeta, Rivaldo e Juninho Paulista.
No total, o atual Coordenador de Seleções da CBF fez, como atleta, 54 partidas com a camisa verde e amarela.
Brasil e Colômbia chegaram a se enfrentar em São Paulo novamente, em 2016, mas com a suas seleções olímpicas, nos Jogos do Rio de Janeiro. Na ocasião, novo triunfo brasileiro, por 2 a 0, na Neo Química Arena, mesmo local do duelo desta quinta-feira (11), às 21h30, pela 11ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, no Catar.
Trajetória de Juninho como Cartola
Ao encerrar a sua carreira em 2008, Juninho Paulista decidiu permanecer no futebol, mas na administração do Galo de Itu. O ex-atleta assumiu a gestão do clube em junho de 2009.
Em 2010, deu uma pausa na aposentadoria para poder encerrar, de fato, a sua trajetória como jogador com a camisa rubro-negra, se dividindo com a função de gestor e salvado o Ituano do rebaixamento para a Série A2 do Campeonato Paulista marcando um dos gols de uma virada heroica por 3 a 2 sobre a Portuguesa de Desportos, no Canindé.
O primeiro contrato de Paulista como gestor do futebol da equipe de Itu foi de cinco anos, mas ele acabou ficando nove, saindo apenas para assumir a Coordenação de Seleções da CBF, ocupando a vaga deixada por Edu Gaspar, que migrou para a direção do Arsenal, da Inglaterra.
Durante o período em que geriu o Ituano, Juninho foi o responsável por uma "virada de chave" do Galo no futebol, que, inclusive, se sagrou campeão paulista em 2014, passando pelo Palmeiras, na semifinal, e batendo o Santos na decisão.
Dentro e fora de campo, o Ituano de Juninho se tornou referência de gestão, voltou a ter categorias de base, revelou atletas para grandes clubes europeus, como o meia Gabriel Martinelli, do Arsenal, da Inglaterra, e o zagueiro Luiz Felipe, da Lazio, da Itália, e montou uma ótima estrutura no complexo esportivo do estádio Dr. Novelli Júnior.
Juninho manteve relações com o Ituano até dezembro de 2019, mesmo já sendo um funcionário da Confederação Brasileira de Futebol, quando seguia à frente da "JP Gerenciamento de Futebol", empresa que geria o Galo. Em março de 2020, a "Agência Sportlight" divulgou a informação da ligação mantida, o que gerou um desconforto interno, já que poderia ser considerada um conflito de interesse. No entanto, o presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, que à época ainda estava no comando da entidade, decidiu pela manutenção de Paulista no cargo, dizendo que o desligamento do coordenador da empresa em novembro de 2019 já seria o suficiente.
Em 2021, o Ituano, já sem Juninho Paulista, mas colhendo frutos do período da gestão do ex-jogador, se classificou para a Série B do Campeonato Brasileiro, na qual retorna após 14 anos.
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