LANCE! Espresso: Rever a final do penta é como observar um retrato cada vez mais envelhecido
O título mundial parece uma miragem hoje. Não só pelo caneco, mas pelos seres fora de série que habitavam o gramado
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A Globo reexibiu ontem a final da Copa do Mundo de 2002. Uma grande sacada para um domingo de Páscoa esquisito, em que milhões de pessoas, isoladas em casa, não puderam celebrar conforme a tradição.
Relembrar o pentacampeonato conquistado em Yokohama, no Japão, reforça algumas impressões que o tempo pode camuflar ou até mesmo distorcer. Rivaldo, assim como em 1998, foi o melhor jogador da Seleção Brasileira na Copa. Cafu e Roberto Carlos nessa fase eram soberbos, Ronaldinho Gaúcho foi coadjuvante em quase toda o Mundial, salvo o épico gol contra a Inglaterra nas quartas de final. E Ronaldo, artilheiro com oito gols, transformou o drama de Paris em uma daqueles redenções que só os gênios da bola são capazes.
E há ainda Luiz Felipe Scolari, o comandante daquele jornada de sete vitórias em sete jogos. Felipão venceu aquela Copa fiel ao seu estilo, assim como tantos títulos empilhados pelo Grêmio e Palmeiras. A diferença é que ele tinha jogadores da primeira prateleira em várias posições. Hoje, faz sentido citar a obsolescência do treinador, mas o Brasil também perdeu esta genialidade em campo.
A Seleção hoje orbita ao redor da dependência de Neymar, o craque imaturo que carrega o brilho solitário. O penta parece uma miragem hoje. Não só pelo caneco, mas pelos seres fora de série que habitavam o gramado.
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