Possível dupla do Brasil soma mais gols do que todo ataque argentino
Juntos, Neymar e Ricardo Oliveira fizeram 80 gols em 2015 e superam argentinos à disposição de Tata para o clássico desta sexta-feira, em Buenos Aires
Dunga faz mistério com a escalação da Seleção Brasileira para o duelo contra a Argentina, nesta sexta-feira, em Buenos Aires (a partida foi adiada na quinta por conta de um temporal). A volta de Neymar, uma certeza, coloca uma dúvida em relação a quem sai do ataque: Oscar ou Ricardo Oliveira. O segundo treinou entre os titulares e deve ser o escalado. Assim, de olho em maior poderio ofensivo, o treinador apostará na inédita dupla formada pelo ex e atual goleador do Santos que, juntos, somam 80 gols em 2015.
Tata Martino, sem Messi, Agüero e Tevez, todos lesionados, terá à disposição cinco atacantes para hoje: Higuaín, Lavezzi, Di Maria, Dybala e Correa. Os cinco, pelos respectivos clubes e seleção, marcaram 73 gols desde janeiro.
A surpresa pela convocação de Ricardo, aos 35 anos, foi apenas pela idade, não pelos gols. No futebol brasileiro, ninguém balançou tanto as redes na temporada. Já o craque do Barcelona vive fase espetacular, prova de sua pintura no fim de semana, diante do Villareal, pelo Campeonato Espanhol. Neymar dividiu os últimos 17 gols do Barça de forma consecutiva com o uruguaio Luis Suárez (9 a 8 para o brasileiro), que parece seu parceiro ideal.
Na Seleção, o camisa 10 já atuou ao lado de 15 goleadores, incluindo Ronaldo Fenômeno, no amistoso de despedida do ex-jogador, em 2011. Os mais frequentes foram Alexandre Pato e Leandro Damião, com Mano Menezes, e Fred, com Felipão. Sob o comando de Dunga, Diego Tardelli, Robinho, Firmino e Hulk não aproveitaram a chance. Talvez, seja a hora de Neymar-Ricardo Oliveira surgir. Gols não faltarão!
ATACANTES EM 2015
OS CINCO ATACANTES À DISPOSIÇÃO DE TATA
HIGUAIN (NAPOLI) = 30 GOLS / 53 JOGOS
LAVEZZI (PSG) = 11 GOLS / 53 JOGOS
DI MARIA (MANCHESTER UNITED) = 10 GOLS / 44 JOGOS
DYBALA (JUVENTUS) = 12 GOLS / 37 JOGOS
CORREA (ATLETICO DE MADRID) = 10 GOLS / 28 JOGOS
OS GOLEADORES PARCEIROS DE NEYMAR NA SELEÇÃO
Fred
Atacante do Fluminense dividiu o ataque na Copa das Confederações e na Copa do Mundo. Foi goleador, mas foi mal no Mundial.
Hulk
Jogador do Zenit (RUS) está convocado e ficará no banco. Presente na Seleção de Felipão, voltou a ser lembrado por Dunga.
Roberto Firmino
Começou bem com Dunga, mas depois caiu. Ex-Hoffenheim, atua pelo Liverpool e hoje perdeu espaço para Ricardo Oliveira e Hulk.
Diego Tardelli
Vivia grande fase no Atlético-MG e teve boas atuações com Dunga. Depois, foi para o Shandong Luneng, da China, e perdeu espaço.
Robinho
Experiente atacante, queridinho de Dunga em 2010, voltou pela boa fase no Santos. Agora, também na China, não tem sido mais lembrado.
Jô
Foi reserva de Fred na Copa do Mundo e teve algumas partidas ao lado de Neymar. Perdeu-se no Atlético-MG e parou de ter chances.
Leandro Damião
Foi o 9 em boa parte da passagem de Mano Menezes. Ainda vivia boa fase no Internacional, mas depois caiu de produção.
Alexandre Pato
Atacante do começo da passagem de Mano, na época no Milan, foi prejudicado por lesões. Já no Corinthians, teve chances.
Luis Fabiano
Goleador do São Paulo figurou em uma das partidas pelo Superclássico das Américas, contra a Argentina, quando Neymar ainda era do Santos.
Jonas
Atuou com Neymar quando estava no Valencia, por alguns amistosos. Depois, não teve mais chances.
Diego Costa
Disputou amistosos com a Seleção Brasileira, antes de decidir defender a seleção da Espanha, pela qual jogou a última Copa do Mundo.
André
Ex-parceiro de Neymar no Santos, atacante, hoje no Sport, era reserva de Pato nas primeiras convocações de Mano Menezes.
Nilmar
Atacante do Internacional também teve alguns poucos jogos na Seleção, desde que Neymar foi convocado, em julho de 2010.
Borges
Outro, assim como Luis Fabiano, que teve chance no Superclássico das Américas, em que só jogadores do futebol brasileiro participaram. Neymar estava no Santos.
Ronaldo Fenômeno
Neymar diz que foi um sonho realizado poder atuar com Ronaldo, em seu jogo de despedida no Pacaembu, em 2011. Foi a única chance de jogar ao lado do ídolo.