Arbitragem rouba atenção e quase esconde nova atuação ruim do Vasco
Cruz-Maltino chega a quatro jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro e vê clima, antes de otimismo, se encher de dúvidas e questionamentos
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É verdade que o árbitro Rafael Traci foi o principal personagem na derrota do Vasco para o Palmeiras por 2 a 1, com lances polêmicos e muitas interrupções na partida. Entretanto, as dificuldades da arbitragem não podem apagar mais uma partida ruim do time comandado por Vanderlei Luxemburgo. São quatro jogos sem vitória, sendo duas derrotas em São Januário, e atuações muito abaixo do que o treinador já demonstrou que a equipe pode entregar.
Como Luxa já havia antecipado após o empate com o Fluminense, escalar o meio-campo seria o principal problema. E essa dúvida se concretizou como o ponto fraco do Cruz-Maltino na partida. O treinador optou por Fellipe Bastos, Raul e Guarín, além de Bruno César, que também foi uma das novidades. Com pelo menos dois jogadores de menos mobilidade, o setor não fluiu. E o problema só começou a tentar ser resolvido 31 minutos do segundo tempo, com a entrada de Felipe Ferreira.
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Novamente as escolhas de Luxemburgo foram questionadas. Tanto as que iniciaram a partida quanto as opções do segundo tempo. Entretanto, pesa ao Vasco nesse momento a falta de alternativas no elenco, especialmente em partidas contra equipes mais difíceis. Para tentar ter opções no ataque, Luxa abriu mão da velocidade e apostou mais na técnica, com Bruno César e Guarín, mas não teve o retorno esperado e perdeu a característica que vinha implantando.
- Tivemos uma sequência boa de vitórias e falaram bem. Não me assusta. Temos os jogos necessários para sair da confusão. Nunca falei que meu time era para outra competição. Nossa competição é diferente. Não adianta insistir. Nós tivemos condições de fazer gols, como naquela bola do Guarin, que entrou sozinho. Acho que a equipe jogou bem taticamente. Não tenho o que reclamar da equipe. Estamos dentro da nossa competição - analisou Luxemburgo.
Segundo dados do "Footstats", o Vasco terminou a partida com 44,1% de posse de bola. Foram apenas três finalizações certas e quatro erradas. A equipe trocou 241 passes corretos e errou 39. No mapa de calor, fica clara a dificuldade para avançar ao ataque, com a equipe ocupando principalmente a faixa central do campo e o lado direito.
Se no início do trabalho de Luxemburgo a proposta do Vasco era segurar na marcação e sair no contra-ataque, as últimas partidas começam a mostrar falhas nessa estratégia. Contra Grêmio, Fluminense e Palmeiras, equipes que passam mais tempo com a bola e possibilitariam esse tipo de jogo do Cruz-Maltino, o que se viu foi uma equipe muito abaixo de rendimento e pouco criativa. Talles Magno faz falta, mas não é apenas ele. O Vasco precisa reencontrar o caminho das boas atuações.
Na próxima rodada, o time da Colina tem o CSA, fora de casa, pelo Campeonato Brasileiro.
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