Auxiliar de Luxa, Copertino exalta trabalho de resgate da confiança e a revelação de Talles Magno: ‘Pérola’
Profissional ainda fez um balanço positivo do legado da comissão no Vasco em 2019 e começou a projetar o caminho do clube para 2020
Quando assumiu o Vasco, em maio, Vanderlei Luxemburgo iniciou o trabalho que terminou com o objetivo inicial, de escapar da zona de rebaixamento, alcançado. Mas não esteve sozinho. O preparador físico Antônio Mello chegou com ele e contou com o coordenador científico, Daniel Gonçalves (que chegou em janeiro) para melhorar a forma do elenco. Também participa da comissão o auxiliar-técnico Maurício Copertino, que divide o comando da maioria dos treinamentos com Ramon Menezes, auxiliar da comissão permanente. Copertino é o braço direito de Luxa.
Sugestões à beira do campo, orientações individuais a jogadores. Maurício participou de todo o trabalho cuja continuidade vem sendo negociada com a diretoria. Ao LANCE!, ele avalia que, para 2020, o Cruz-Maltino estará na disputa de mais títulos do que somente do Carioca, como neste 2019.
- Eu acho que o legado que estamos deixando é, sem dúvida, resgatar a autoconfiança do grupo e dar padrão tático. A equipe se identificou com a forma que propusemos para eles trabalharem no Brasileiro. Deixamos um grupo que pode ser agregado com outros para 2020 e um grande elenco para brigar por coisas grandes nas competições, olhar para a parte de cima da tabela - disse.
Um dos grandes nomes desse Vasco foi o jovem Talles Magno. Para o auxiliar, o atacante foi o grande destaque dos sete meses de trabalho até aqui.
- Sem dúvida, além do trabalho realizado, o Vanderlei conseguiu junto com nós, da comissão, deixar alguns legados. Uma pérola como Talles não aparece todos os dias. Deixou todos nós surpresos com sua qualidade. O Vasco tem uma pérola na mão, basta cuidar direitinho, fazer uma boa equipe. Esse jogador destoa dos jogadores normais. Muito acima da média, vai crescer, evoluir, molecão, acreditamos muito no seu potencial - elogiou.
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Vocês pegaram o Vasco com um ponto só, então obviamente o ano foi positivo. Mas o você acha que poderia ter sido ainda melhor dentro da realidade que enfrentaram até salarial e de elenco?
Realmente é um trabalho que a gente considera ótimo. Pegamos o Vasco com um ponto, é um case fantástico na nossa carreira. Trabalhar num clube gigante é uma responsabilidade muito grande na nossa carreira. Davam como certa a queda. No grupo, todos estavam convictos do objetivo. Trabalhamos e revertemos a situação. Acredito que se não tivéssemos deixado alguns pontos para trás, teríamos chance de chegar na Libertadores. Ficou o gostinho, ficamos perto, mas a Sul-Americana é uma forma bem bacana de terminar o ano.
Os jogadores exaltam em várias entrevistas a mudança do Vasco com a chegada da nova comissão. Como foi construir essa boa relação com o elenco, mesmo com os problemas de salários?
Na nossa chegada, tentamos resgatar o grupo dando confiança, teve muito trabalho, lógico. Com o professor (Antonio) Mello no trabalho físico, melhorou o condicionamento do grupo. Ele teve respeito e lealdade, colocando nossas ações sem mentiras, sem curvas. Foi uma relação direta, olho no olho é fundamental para que as coisas aconteçam. O Vanderlei trata todos de forma igual. Os jogadores respeitaram, isso foi muito importante também e as coisas andaram. Com trabalho e a forma do Vanderlei pensar o futebol, conseguimos unificar para os objetivos serem alcançados.
Já há uma conversa com um planejamento para 2020? Especialmente com a vaga na Sul-Americana. Como você imagina o Vasco no ano que vem?
O planejamento o Vanderlei já tem em mente, falta resolver com a diretoria a renovação, situação que todos sabem. O Vasco, para 2020, tem que entrar nas competições para ganhar, não tem outra forma. Quando você trabalha no Vasco, não pode pensar em outra coisa que não o risco. Essa é a ideia do Vanderlei, não está acostumado a brigar na parte de baixo, mas sim para ganhar e não vai ser diferente em 2020.