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Modelo de jogo característico de Fernando Diniz é um ‘All-in’ do Vasco pelo retorno à Série A do Brasileirão

Cruz-Maltino aposta pela terceira vez no modelo de jogo que não funcionou com os dois treinadores anteriores. Faltam 15 rodadas para a arrancada histórica ou para a vergonha

Fernando Diniz - Santos x Atlético-MG
imagem cameraO último trabalho de Fernando Diniz foi no Santos. O desafio no Vasco é o acesso (FOTO: Ivan Storti)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 09/09/2021
18:49
Atualizado em 10/09/2021
07:30

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A contratação de Fernando Diniz é uma aposta tripla, ou uma aposta total do Vasco. Fosse no pôquer, seria "um All-in", a jogada na qual se oferece tudo que se tem. No caso vascaíno, é a terceira aposta na mesma ideia de jogo: a do modelo baseado na posse de bola.

É uma aposta - e a terceira - porque as duas primeiras não foram bem sucedidas nesta mesma Série B do Campeonato Brasileiro, com este mesmo elenco. Marcelo Cabo foi demitido e o substituto Lisca manteve o mesmo estilo chamado "apoiado".

Troca de passes, troca de passes, troca de passes em busca do gol. É a marca principal dos trabalhos de Diniz ao longo da carreira. E assim também foi no Santos. É natural que ele repita o que faz por hábito.

Faltam 15 rodadas para o Vasco mudar a história inexpressiva que construiu na competição até aqui. Se o acesso realmente não for obtido, marcará currículos de jogadores, dirigentes, em especial do presidente do clube, Jorge Salgado, do diretor executivo de futebol Alexandre Pássaro, e, agora, de Fernando Diniz.

No caso dos três últimos, por uma aparente possível opção pelo método para o sucesso. A conferir.

-> Confira a tabela da Série B do Campeonato Brasileiro

Com a palavra: Giovane Martinelli, do Diário do Peixe, parceiro do LANCE!.

Fernando Diniz se encontrou e se perdeu no Santos com a mesma velocidade

"Fernando Diniz assumiu o Santos após o clube lutar contra o rebaixamento até a última rodada do Campeonato Paulista. Apesar de ser eliminado ainda na primeira fase da Copa Libertadores, o treinador teve um início promissor no Campeonato Brasileiro.

Diniz apostou no zagueiro Luiz Felipe, que estava relegado ao ostracismo no clube, e ele ajudou a melhorar o desempenho do sistema defensivo nas bolas aéreas. Indicou Camacho e Marcos Guilherme e logo a dupla caiu nas graças dos torcedores.

No entanto, após as vendas de Luan Peres, Alison e, especialmente, Kaio Jorge, além da lesão de Marinho, Diniz se perdeu. Sem substitutos com as mesmas características (no caso de Kaio Jorge) ou com a mesma qualidade (no caso de Marinho), Fernando Diniz passou a utilizar Marcos Guilherme em setores onde ele não rendia, como falso 9, por exemplo.

O rendimento do time caiu muito. O modelo de jogo, de concentrar os jogadores de um lado do campo, não funcionou mais. Além disso, Diniz insistiu em jogadores em má fase, como Felipe Jonatan.

O elenco do Santos é bastante limitado. Diniz talvez tenha sofrido o mesmo que Ramon sofreu no Vasco em 2020. Encontrou um caminho cedo e criou uma expectativa acima da realidade do clube. Com as saídas e a dificuldade de encontrar soluções, a expectativa criada cobrou o seu preço"

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