Segue o jogo: diante das exigências de Yaya Touré, diretoria do Botafogo voltou a pensar grande
Depois da chegada de Honda, Comitê Executivo de Futebol fez outro jogador com status mundial a ficar atraído pelo projeto; atrasos salariais, contudo, continuam sem respostas
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A contratação de Keisuke Honda era, na teoria, impensável para o Botafogo. Com recursos limitados e seguidas dívidas financeiras, era difícil saber como uma equipe com tantas contas no vermelho convenceria um jogador de status mundial a atuar no Brasil. O Comitê Executivo de Futebol conseguiu. Por pouco, outro atleta de quilate ainda maior não seguiu o mesmo caminho: Yaya Touré negociou o Glorioso por cerca de três semanas, mas deu uma negativa.
A decisão da família em não querer se mudar para o Brasil pesou e o Botafogo encerrou as negociações com o meio-campista. A diretoria, mesmo com poucos recursos, voltou a pensar grande e atraiu um jogador com passagens marcantes por Barcelona-ESP e Manchester City-ING ao projeto que vem sendo desenvolvido.
Assim como foi com Keisuke Honda, os moldes do negócio com Yaya Touré seriam baseados puramente em ações de marketing. O Comitê trabalhava com a cartada de que a possível chegada do marfinense certamente seria um estouro - o departamento de marketing do Botafogo, inclusive, já havia sido acionado para pensar em ações envolvendo o jogador.
Os dirigentes pensavam grande. O salário teria um valor fixo mais variantes baseadas em parcelas por cada ação de marketing e camisa vendida com o nome de Yaya Touré. Agora, é preciso tocar a bola. Por mais que Ricardo Rotenberg, VP Geral e Marketing do clube, tenha afirmado que as "portas não estão fechadas" para o jogador, as conversas foram encerradas.
Mesmo sem dinheiro, o Alvinegro atraiu dois jogadores com passagens de destaque pelo futebol europeu recentemente. Por outro lado, vale ressaltar que jogadores e funcionários estão com um mês de salários atrasados. Por mais que os fatores andem pelos lados das negociações, a coisa internamente ainda está longe de ficar boa.
O desfecho final foi negativo, mas a diretoria conseguiu atrair mais um grande jogador a olhar com bons olhos para o clube. Se tudo parece bom nos olhos de tais atletas, a coisa não caminha tão bem internamente. O Alvinegro está em débito com um mês de salário a jogadores e funcionários, além de dever cinco meses de direitos de imagem ao elenco.
Na prática, o Botafogo passa longe de ter recursos para atrair Yaya Touré. Apesar do bom trabalho feito pelos dirigentes Ricardo Rotenberg e Carlos Augusto Montenegro, a prioridade, com tantas dívidas com funcionários e jogadores, teoricamente, não deveria ser contratar mais jogadores.
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