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Coluna: ‘Fratelli d’Italia na Fórmula 1’

Novo colunista de F1 do LANCE!, Luiz Gustavo Bichara analisa o primeiro GP do ano<br>

GP do Bahrein
imagem cameraCharles Leclerc foi o grande vencedor do GP do Bahrein com a Ferrari (Foyo:&nbsp;GIUSEPPE CACACE / AFP)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 21/03/2022
10:27
Atualizado em 22/03/2022
14:05

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Foi um dia de alegria para quem gosta de F-1. Os belos acordes de Fratelli d’Italia sendo executados no pódio (hino que muitas vezes foi regido pelo maestro Michael Schumacher) para coroar a dobradinha dos carros vermelhos de Maranello sem dúvida foram um bem-vindo sopro de novidade. Realmente parece que em 2022 teremos uma nova F-1.


O final de semana começou animado já com a pole de Charles Leclerc. O grid já demonstrava que Ferrari e Red Bull vinham com um ritmo forte, e, principalmente, que desta vez a ladainha de Lewis Hamilton era verdadeira: de fato, as Mercedes não estão tão rápidas quanto seus adversários. Devo dizer que realmente só acreditei ao ver os tempos, porque quem acompanha as pré-temporadas sabe que todo ano, invariavelmente, Hamilton alegava que seu carro não estava no mesmo nível dos outros (embora a Mercedes sempre fosse superior).

>> Luiz Gustavo Bichara é o novo colunista de F1 do LANCE!

A largada nos trouxe ainda mais certeza disso. Parecia uma miragem ver a poderosa Mercedes do multicampeão inglês batendo roda com a Hass de Kevin Magnussen, coisa só vista antes nos momentos em que Hamilton botava uma volta em cima dos carros de Gene Haas.

A corrida nos trouxe o que aparenta ser o retorno de uma rivalidade que vem desde o kart, entre Max Verstappen e Leclerc. As três ultrapassagens e os três trocos de um sobre o outro foram o momento alto da prova, trazendo também a impressão que as mudanças no regulamento melhoraram o show. Segundo Ross Brawn, hoje o efeito da turbulência é até cinco vezes menor - por força do efeito solo -, o que resulta em perseguições muito mais próximas e efetivas.

Como vimos bem neste domingo, um carro consegue andar por voltas e voltas no vácuo do outro, e isso é uma ótima notícia para o espetáculo.

A corrida teve outros pegas interessantes, como o de Fernando Alonso e Mick Schumacher - lembrando que o primeiro foi grande rival do pai de Mick. As Red Bull embora tenham tido azar ao final, andaram bem e prometem. As circunstâncias dos problemas dos Touros ainda devem ser mais bem explicadas. Verstappen reclamou muito de problemas no volante, mas depois a equipe divulgou falha no sistema de combustível. Terá Checo Perez padecido deste mesmo mal, ou apenas não aguentou a pressão de Hamilton?

O safety car - após o incêndio no carro de Pierre Gasly - deu um ânimo final à corrida, para felicidade de Lewis Hamilton que, após o infortúnio da Red Bull, foi novamente bafejado pela sorte e ainda beliscou um pódio (devidamente escoltado por George Russel, que chegou em quarto lugar). Não fosse essa confusão, seria curioso vermos se Verstappen, que optou por mais uma troca de pneus, conseguiria chegar em Leclerc.

Falando do safety car, é preciso comentar que ele ficou por tempo demasiado na pista. Não dá pra entender por que se levou tanto tempo para se recolher o carro de Gasly.

Naturalmente temos também que falar dos “estreantes”. Magnussen - não propriamente um novato, mas resgatado abruptamente após o banimento do russo Nikita Mazzepin - deu um show levando a Haas ao quinto lugar (ontem a equipe fez mais pontos que o ano passado todo). Também o chinês Guanyu Zhou, piloto Alfa Romeo, performou muito bem, marcando pontos na prova em que debutou.

Veja-se que, não por acaso, tanto Haas quanto Alfa Romeo são empurradas pelo potente motor Ferrari, que parece ser a grande vedete desse início de temporada.

Em contrapartida, os carros equipados com motor Mercedes parecem viver um drama. Além do time de fábrica não ter conseguido disputar a ponta, Aston Martin, Williams e McLaren tiverem performances melancólicas.

Azulay
Mattia Binotto (sósia italiano do saudoso Daniel Azulay) - Divulgação

De tudo que vimos hoje - dobradinha com direito a hat trick de Leclerc -, está parecendo que a estratégia de Mattia Binotto (um sósia italiano do saudoso Daniel Azulay) de sacrificar o campeonato de 2021 para investir no carro de 2022 deu certo.

Se uma das estrofes do Hino Italiano diz “façam sua reverência à Itália”, a F1 começa este ano com a mensagem: “Façam sua reverência à Ferrari”.

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