Cruzeiro notifica Wagner Pires por uso indevido de marcas do clube

A Raposa comunicou ao ex-presidente que não poderia mais utlizar as propriedades visuais do clube em seu instituto, o Cinco Estrelas

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O Cruzeiro notificou o ex-presidente do clube, Wagner Pires de Sá, pelo uso indevido da marca do clube no Instituto Cinco Estrelas, associação civil cujo um dos sócios proprietários é o ex-dirigente celeste.

A notificação sobre a não permissão de uso das propriedades visuais da Raposa foi informada por Emílio Brandi, membro do conselho gestor e candidato à presidência do Cruzeiro.

- Nós já até notificamos sobre isso. É uma empresa privada, da esposa do Wagner, mas já foi notificado, mas não temos conhecimento de nenhuma utilização, mas já foi notificada para empresa do Wagner-disse Brandi.

O Instituto Cinco Estrelas usava da estrutura do clube enquanto Wagner Pires era presidente. A entidade foi criada em 2018, e a esposa do ex-presidente, Fernanda São José, conduzia a empresa, cujo propósito era realizar ações sociais e se dizia sem fins lucrativos.

O instituto ganhou espaço dentro e fora do clube como uma extensão das ações sociais do clube, sem que houvesse uma diferenciação de que era uma iniciativa alheia ao Cruzeiro.

Wagner Pires de Sá afirmou que a notificação tem viés político e que ainda não foi avisado pelo Cruzeiro sobre a não permissão do uso de suas marcas.

- O Instituto só mexe com a situação de crianças carentes. Eu não recebi nenhuma notificação. Eu não sei qual a demanda, mas acho que está se procurando chifre na cabeça de cavalo. O Instituto é beneficente, faz bem, só pratica o bem. Não sei porque se está levantando essas lebres. Acho que é propagando política-disse o e-presidente em entrevista ao Globoesporte.com.

O ex-dirigente da Raposa também disse que o instituto tem contrato com o Cruzeiro e que é algo vantajoso para o clube, já que recebe pela utilização da marca.

- Temos um contrato com o clube, um contrato normal, com o Cruzeiro disponibilizando, e o Cruzeiro recebendo pela cessão de direitos. O Instituto paga para utilizar o nome “Cinco Estrelas”. Esse valor eu não tenho, porque é a minha esposa que trabalha nisso. Foi um valor acordado na época com o Cruzeiro. Inclusive, era uma coisa boa, porque está se fazendo uma coisa que beneficia as crianças. A validade do contrato não sei, mas são direitos que você cria enquanto você utiliza. Ele é eterno. Fechamos um preço fixo, e como o Instituto não tinha uma renda suficiente, foi dividido o valor-explicou Wagner Pires.

O Instituto 5 Estrelas chegou a ter em suas ações os mascotes do time, o Raposão e Raposinho, jogadores e sempre havia a vinculação direta com o Cruzeiro, dando a impressão que era algo vindo do clube e não uma iniciativa privada.

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