Difícil imaginar o tamanho da ansiedade dos jogadores do Fluminense em relação à final da tão sonhada Libertadores que se aproxima.

“Chega o Natal, mas não chega o dia 4 de novembro”, certamente este é o pensamento de jogadores e torcedores do clube que fascina pela sua disciplina.

Quero falar nesta coluna sobre um personagem que certamente não terá protagonismo no dia da grande final, mas que foi o pilar mais importante para que o Flu pudesse entrar em campo disputando o troféu mais importante da sua história: o seu presidente.

Conheço Mário Bittencourt há quase 20 anos. Acredito que possa dizer que somos amigos. Acompanhei de perto o seu crescimento profissional, como advogado do direito desportivo, representando clubes e, na maioria das vezes, saindo como vencedor nas causas que defendeu, o que sem dúvida nenhuma credencia o seu escritório como um dos mais importantes do país nesta área.

Porém, esta coluna não é para falar sobre o advogado Mário Bittencourt.

Ele nunca escondeu de ninguém a sua paixão pelo tricolor das Laranjeiras e muito menos o seu sonho de um dia presidir o clube que tanto ama. Vive de forma intensa e prolongada a conturbada vida política do Fluminense. Nunca mediu esforços e muito menos fugiu de embates, disputas e inimizades para que transformasse em realidade o seu mais importante objetivo de vida (que me perdoem a sua esposa Renata e suas duas filhas, Maria Isabel e Juju).

Em 2019, alcançou seu objetivo e em 2022 foi reeleito para o segundo mandato até 2025.

Mas esta coluna também não é para falar sobre o político Mário Bittencourt. Esta coluna é dedicada para falar sobre o gestor de clubes, Mário Bittencourt.

Prestes a realizar o maior sonho de todos os tricolores, Mário foi corajoso, ousado, apaixonado e grande líder de um projeto que pode ecoar para a eternidade tricolor.

Como torcedor apaixonado que é, acredita que nenhum outro clube seja maior que o seu. E por isso, luta com unhas e dentes pelos direitos do Fluminense perante a federações, CBF, Ligas, etc.

Sabedor da sua própria vaidade, mantém como fiel escudeiro o experiente, tricolor e multicampeão diretor executivo Paulo Angioni. E espero realmente que os deuses do futebol premiem este profissional com a conquista da libertadores pelo seu clube de coração.

Soube construir, respeitar e fixar a imagem do atacante Fred como um dos maiores, ou para muitos, maior ídolo de um pavilhão de três cores, que traduzem tradição. Não bastasse isso, trouxe Fred para ter sua primeira experiência como gestor e completar o trio gestor do futebol do clube. Obviamente suportado por uma grande e capacitada equipe de profissionais.

Contratou, contratou novamente, acreditou, deu segurança e credibilidade para o treinador Fernando Diniz, hoje treinador da seleção brasileira (não gosto e não usarei o termo interino).

Sem dar ouvidos para as críticas sobre a contratação de atletas com idade avançada, apostou nisso assim como ousou quando trouxe o craque Marcelo, que foi a cereja do bolo e prova inequívoca de que é firme nos seus conceitos. Mas não sem antes o brindar e dar a ele a exata noção do que representava ser contratado pelo Fluminense, com uma digna e festa inesquecível de apresentação à torcida.

Atento a cada detalhe, tem brindado a torcida tricolor com as mais lindas coleções de camisas de toda história de um clube tantas vezes campeão.

Não vou me arriscar a apostar na vitória tricolor, porque ele enfrenta um gigante mundial, porém, mesmo não tendo o Fluminense como meu time de coração, torcerei muito para que isso aconteça.

Seja por toda a história do clube, pela sua torcida, pelos jogadores, pelo treinador Fernando Diniz, pelo seu presidente, mas também e talvez principalmente para coroar um belo trabalho de gestão no futebol.

Vamos tricolores, chegou a hora! Vamos ganhar a Libertadores!