Em recuperação financeira desde 2022, o Botafogo deu mais um importante passo para quitar suas dívidas. Nesta terça-feira (24), o Glorioso pagou mais de R$ 6,5 milhões, referentes ao FGTS do clube associativo.

— São muitos os desafios no dia a dia da SAF e na gestão do passivo do Clube Social. Seguimos com profissionalismo e responsabilidade trabalhando no enfrentamento da dívida histórica, afirmou Thairo Arruda, CEO da SAF do Botafogo.

Em junho, Thairo revelou que o passivo do clube era de R$ 1.1 bilhão no início da gestão da SAF, e que a expectativa é de que o Glorioso termine 2024 com uma redução de R$500 milhões.

—Quando começamos na SAF, o Botafogo tinha R$ 1,1 bilhão em passivo e R$ 120 milhões em receitas. Era uma relação de 1 para 10. Qualquer empresa de qualquer setor com esses valores é falência. Nosso primeiro trabalho foi entender o passivo e as oportunidades que tínhamos de destravar receitas. Fechamos o ano passado com R$ 530 milhões de receita. Em dois anos, é incrível o nível que crescemos — completou.

O pagamento de dívidas sempre foi uma prioridade para John Textor. Recentemente, os pagamentos foram referentes a vencimentos cíveis, ou seja, negociados pelo regime extrajudicial.

— Há três níveis de passivo: trabalhista, cível e tributário. Primeiro que focamos foi o trabalhista, porque é nele que sofremos mais. Há penhoras, decisões judiciais… Sofremos penhoras no começo da SAF, na maioria das vezes da Justiça do Trabalho. Assumimos o clube com R$ 220 milhões de dívida trabalhista, reestruturamos o RCE de forma que hoje temos R$ 150 milhões. Está bem equalizado, pagamos direitinho e os credores estão felizes—, finalizou.

Vítor Silva/BFR