A visão que eu tinha sobre o incentivo ao esporte quando eu era atleta é completamente diferente da visão que tenho hoje.
Agora, como empresário, entendo como funciona um negócio, como funciona o business. E consigo entender por que muitos empresários brasileiros não investem no esporte.
Na época que eu nadava, não conhecia os grandes empresários; ia pedir patrocínio para o dono da padaria e aos comerciantes da Baixada Santista, já que eu sou de Santos. Mesmo mostrando todos os campeonatos em que iria participar, era muito difícil encontrar alguém disposto a patrocinar. E eu não entendia o motivo.
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Mas não é tão simples como eu achava que fosse. A empresa separa um budget para ações de marketing, e isso pode incluir o incentivo ao esporte. Antes de fazer qualquer investimento, o empresário quer saber qual será o retorno.
Com as redes sociais, a exposição da marca ficou um pouco mais fácil. No entanto, hoje, esportistas que conquistam muita visibilidade possuem um viés. Porque eles são bons e a mídia vai atrás deles, e outros porque têm mídia própria. Aqueles que têm a própria mídia, compartilham não apenas suas vitórias, mas também seus fracassos.
Então hoje, como empresário, eu sei que muitos dos esportes eu vou incentivar e já incentivo, porque eu amo esporte e porque aqueles meninos precisam. Sem ficar esperando que aquilo gere muita exposição.
* Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Lance!
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Joel Jota é empresário e investidor do esporte (Foto: Divulgação)