A rescisão do contrato de patrocínio da VaideBet terá um peso enorme nas finanças do Corinthians. Além de deixar de receber cerca de R$ 300 milhões previstos no acordo, o clube paulista pode ter dificuldades para encontrar um novo parceiro disposto a investir tão alto. Abaixo, o Lance! Biz apresenta os detalhes.
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💰 O contrato entre Corinthians e VaideBet
Assinado no começo do ano, o vínculo entre Corinthians e VaideBet tinha validade até o fim de 2026 e previa o pagamento de R$ 370 milhões. Deste montante, "apenas" R$ 66 milhões caíram nas contas do clube alvinegro.
💸 Corinthians pode ficar sem valor da multa
No contrato entre as partes, havia a previsão do pagamento da multa de 10% do valor restante do acordo em caso de rescisão unilateral. O montante seria equivalente a cerca de R$ 30 milhões. A VaideBet, no entanto, pode se negar a indenizar o clube se entender que houve justa causa para a rescisão.
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👕 Mais um espaço livre no uniforme
Sem a VaideBet, o Corinthians passa a ter cinco propriedades vagas no uniforme: máster, barras traseira da camisa, ombro, parte traseira do calção e meião.
Após chegar a ter nove patrocinadores no fim de 2023, o Timão conta com apenas quatro anunciantes fixos neste momento: Ale (peito), BMG (manga), Ezze Seguros (costas) e Unicesumar (parte frontal do calção).
💰 Meta orçamentária ameaçada
Graças ao contrato milionário com a VaideBet, o Corinthians projetava faturar R$ 263,2 milhões com patrocínios em 2024 - o que representaria um aumento de 125% em relação ao ano anterior (R$ 117 milhões).
A diretoria do clube também afirmava que ainda buscava garantir mais R$ 59,4 milhões com patrocínios - destes, R$ 43,4 milhões viriam com a equipe masculina profissional. Agora, o valor a ser procurado no mercado para cumprir a meta supera a faixa de R$ 100 milhões.
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💼 Imagem arranhada no mercado
Além do impacto financeiro direto, a rescisão unilateral prejudica a imagem do Corinthians no mercado. Para romper o contrato de forma unilateral, a VaideBet acionou a cláusula anticorrupção após a abertura de investigação da Polícia Civil sobre possível repasse de parte do valor de comissão do acordo a uma empresa supostamente "laranja".
Augusto Melo é o presidente do Corinthians (Foto: Fabio Giannelli/AGIF)