Ainda sem patrocinador máster para a temporada 2023/24, o Chelsea recebeu uma oferta de 40 milhões de libras (cerca de R$ 249 milhões) de um site de conteúdo adulto. A proposta, de acordo com o tablóide inglês Mirror, foi do portal My Club.

- Queremos ter o logotipo estampado na frente das camisas do Chelsea antes do clube começar a temporada contra o Liverpool. Essa contribuição funcionaria para ambas as partes - afirmou Mike Ford, presidente do My Club.

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A busca do Chelsea por um patrocinador máster

O Chelsea tem vivido situações inusitadas quando o assunto é patrocínio máster. Em julho deste ano, por exemplo, o clube apresentou os novos uniformes para a temporada com a camisa em branco. Tudo isso porque os dois eventuais interessados em expor a marca na camisa do clube foram 'vetados' pela torcida e a Premier League

O primeiro pretendente foi a plataforma de aposta Stake, com valores aproximados de 25 milhões de libras por ano. No entanto, a reação dos torcedores contrária à exposição de uma empresa deste segmento fez com que a direção não avançasse nas negociações.

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Mais recentemente, quem apareceu como interessada foi a plataforma de streaming Paramount+, com valores estimados em 40 milhões de libras por ano de acordo com o tablóide The Telegraph, mas a Premier League vetou qualquer tipo de negociação, justamente para evitar atritos com os outros parceiros de mídia que fazem as transmissões das partidas da competição.

Camisa do Chelsea sem patrocinador máster (Foto: Justin Casterline/AFP)


O que dizem os especialistas?

- As redes sociais deram voz aos torcedores, que têm se manifestado cada vez mais em relação às decisões dos seus clubes. Torcedores do Bayern questionaram o acordo com Qatar Airways, em virtude das acusações de sportswashing. Agora, os fãs do Chelsea rejeitando casas de aposta. No Brasil, manifestações contrárias às contratações - como no caso Santos/Robinho e Galo/Cuca - já fizeram os clubes a tomarem decisões diferentes do planejado. A chamada 'opinião pública' nunca foi tão pública e teve tanto peso como hoje em dia, o que força os executivos a pensarem além dos negócios em si, mas de como eles serão percebidos pelos seus fãs e consumidores - explica Armênio Neto, especialista em negócios do esporte e sócio-fundador da Let's Goal.

As receitas e promoção de marca do clube que um patrocinador máster traz, sem dúvida, são indispensáveis para qualquer clube. Os tropeços recentes do Chelsea em fechar o espaço mais nobre da camisa são incomuns para clubes de destaque da Premier League e colocam uma pressão extra no departamento comercial do grupo
—Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM

Chelsa usou camisa sem patrocinador na pré-temporada (Foto: Divulgação/Chelsea)


Nova tendência no futebol mundial?

A oferta do My Club ao Chelsa aponta um crescente interesse de sites de conteúdo adulto no mercado de patrocínio esportivo. No Brasil, o Fatal Model, empresa de acompanhantes, expõe a marca em jogos do Brasileirão e é patrocinadora do Vitória.

- No futebol temos a oportunidade de ‘conversar’ com este grande público e educá-los sobre a profissão de acompanhante, que é digna de respeito como qualquer outra. Nosso trabalho é romper paradigmas, quebrar tabus e preconceitos, sempre de forma respeitosa e profissional, para trazer mais dignidade ao mercado dos profissionais do sexo. Foi assim que chegamos no Vitória e assim que chegaremos a outros lugares em breve - afirma Nina Sag, diretora de comunicação do Fatal Model. 

Em busca de parcerias com clubes da Série A do Brasileirão, o Fatal Model possui uma vasta lista de propriedades no futebol brasileiro, como placas de publicidade na Copa do Brasil, Séries A, B e C do Brasileirão e patrocínios aos campeonatos estaduais de estados como Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, Ceará e Goiás.