A eliminação do Flamengo para o Al Hilal ampliou a lista de quedas brasileiras na semifinal do Mundial de Clubes. Desde 2013, o histórico é equilibrado: três times avançaram à final e três caíram de forma precoce. Tais números acendem o debate sobre a força do futebol brasileiro no contexto global. O Brasileirão está no mesmo nível de liga da Arábia Saudita, por exemplo?
Em termos financeiros, a resposta é clara: o Campeonato Brasileiro está muito à frente das ligas "carrascas" no Mundial de Clubes. Al Hilal (Arábia Saudita), Tigres (México) e Raja Casablanca (Marrocos) eliminaram Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG, respectivamente, mesmo estando em campeonatos nacionais inferiores na condição econômica.
Ao comparar o valor de mercado dos elencos, a Série A do Brasileirão é a sexta liga nacional mais valiosa do mundo, apenas atrás das cinco principais da Europa (Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França). O valor total é de € 1,34 bilhão. O levantamento da Pluri Consultoria, em parceria com o LANCE!.
Últimas participações brasileiras na semifinal do Mundial de Clubes:
2022 - Flamengo eliminado pelo Al Hilal, da Arábia Saudita
2021 - Palmeiras avança sobre o Al Ahly, do Egito
2020 - Palmeiras eliminado pelo Tigres, do México
2019 - Flamengo avança sobre o Al Hilal, da Arábia Saudita
2017 - Grêmio avança sobre o Pachuca, do México
2013 - Atlético-MG eliminado pelo Raja Casablanca, do Marrocos
A 'liga carrasca' que mais se aproxima do Brasileirão é a mexicana, da qual o Tigres faz parte. Ao todo, o Campeonato Mexicano tem valor de mercado de € 804,9 milhões. A Liga Saudita e a Marroquina apresentam valores bem inferiores: € 331,7 milhões e € 126,7 milhões, respectivamente.
As frequentes eliminações brasileiras no Mundial de Clubes, portanto, não tem explicação no fator financeiro. Os motivos são outros e incluem um maior equilíbrio - técnico, físico e tático - entre os representantes de cada continente. Cabe ao futebol brasileiro transformar a superioridade econômica em supremacia dentro de campo.