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Brasileiro da natação busca medalha e vaga na Comissão de Atletas do IPC

Philipe Rodrigues vê melhora no esporte paralímpico nacional e acredita em pequena vantagem após a eleição do brasileiro Andrew Parsons para comandar entidade mundial

Phelipe Rodrigues
imagem cameraPhelipe Rodrigues soma nove medalhas em mundiais (Foto: Comitê Paralímpico Brasileiro)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 19/09/2017
14:06
Atualizado em 20/09/2017
08:05

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A Cidade do México terá dupla importância para o brasileiro Phelipe Rodrigues. Integrante da deleção do país no Mundial de natação paralímpica, previsto para ser realizado entre 30 de setembro e oito de outubro, mas ameaçado após o terremoto da última terça-feira, o pernambucano também briga por um lugar na Comissão de Atletas da modalidade no Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês). A eleição ocorre entre os dias 29 de setembro e primeiro de outubro. Apenas cinco dos 11 candidatos serão escolhidos.

Rodrigues é o único brasileiro na disputa. Os outros dez concorrentes são: Matthew Levy (AUS), Sven Decaesstecker (BEL), Nicholas Guy-Turbide (CAN), Antti Latikka (FIN), David Smetanine (FRA), Matthew Wylie (GBR), Tamás Sors (HUN), Inbal Pezaro (ISR), Theresa Rui Si Goh (CIN) e Anna Eames (EUA).

O conselho tem como função trazer a visão dos atletas em questões relativas à modalidade. Um representante do grupo será eleito para participar de reuniões técnicas no quadriênio 2018/2021.

Aos 27 anos e com sete medalhas paralímpicas no currículo - sendo quatro delas na Rio-2016 - o veterano afirma que o esporte paralímpico brasileiro já avançou, mas que 'muita coisa ainda precisa melhorar'.

- O esporte brasileiro, principalmente paralímpico, vem crescendo muito desde 2004 mais ou menos e atualmente está muito melhor, em questão de visibilidade e investimento. Porém , ainda tem muita coisa que precisa melhorar. Se for comparar com o esporte olímpico, digamos que a gente tenha 40% do que eles tem hoje. Nada melhor do que um atleta ali falando sobre isso, o que precisa melhorar qual medida tomar para determinada competição - afirma Phelipe, que completa:

- Por isso que eu estou me candidatando no Conselho de Atletas do IPC. Acredito que eu, por ter participado de competições com atletas com e sem deficiência, tenho uma experiência muito grande em relação a isso.

O pernambucano competiu, em 2004, com nadadores sem deficiência, chegando a estar estre os cinco melhores no Campeonato Brasileiro Juvenil de 2006. Ele ingressou no paradesporto em abril de 2008.

Além disso, o nadador ressalta que a recente eleição do carioca Andrew Parsons para a presidência do IPC pode pesar a seu favor. 

- Acredito que tendo esta pequena vantagem, acho que seria um pouco mais acessível estar fazendo parte dessa ligação entre atletas e IPC. Eu sempre tentei ajudar, não só na minha vida como atleta, mas também como pessoa.

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Partindo para o seu quarto Mundial, o pernambucano já sabe que não terá vida fácil, já que seus adversários nos 50m e 100m livre também estarão na competição. Sem focar nas medalhas, Rodrigues tem como objetivo fazer as melhores marcas da carreira. 

- Eu quero fazer os melhores tempos da minha vida. Uma coisa que eu posso controlar hoje é o que eu faço. Não posso controlar o que os meus adversários fazem, ainda mais sendo um esporte individual. Fazendo a minha melhor marca ficarei super feliz. 

Além dos adversários, outro obstáculo pode aparecer pelo caminho: a altitude. Como a Cidade do México fica a 2.250m do nível do mar, existe a preocupação que o ar rarefeito interfira no desempenho dos paratletas.

- A altitude afeta um pouco o desempenho. Quer queria, quer não, a absorção de oxigênio é menor. A quantidade de oxigênio no ar é consideravelmente menor do que estando no nível do mar, mas independente disso, eu estou pensando que eu vou chegar lá. Vai ser duro para se adaptar, lógico, mas é chegar na competição, esquecer da altitude e focar na prova - explica o nadador, que completa:

- Confesso que a gente poderia ter ido um pouco antes. Estamos indo 10 dias antes, acredito que seja o suficiente para aclimatar e ter uma competição boa. Independente disso, a gente procura não pensar tanto nessas questões negativas.

QUEM É ELE?

Nome: Phelipe Andrews Melo Rodrigues

Data de nascimento: 10/08/1990 - Recife (PE).

Peso: 75kg

Altura: 1,82m

Classe: S10, SB9 e SM10

Principais conquistas: sete medalhas paralímpicas (cinco pratas e dois bronzes); nove medalhas em Parapan-Americanos (cinco ouros e quatro pratas); nove medalhas em Mundiais (seis pratas e três bronzes)

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