Raphael Veiga relembra momentos com o Scarpa no Palmeiras e destaca: ‘Me ensinou a pensar fora da bolha’
O bom relacionamento entre Veiga e Scarpa sempre foi algo explícito nos bastidores do elenco palmeirense
Raphael Veiga expôs os bastidores da boa relação que manteve com Gustavo Scarpa no Palmeiras. De acordo com as palavras de Veiga, Scarpa era alguém que 'ensinava a pensar fora da bolha'.
Sem renovar com o Verdão para 2023, Scarpa encerrou a temporada no Palmeiras e nesta semana já embarcou rumo ao Nottingham Forest, da Inglaterra. Em entrevista à 'TV Palmeiras', Veiga expôs os bastidores do seu, agora, ex-companheiro de equipe.
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O camisa 23 destacou que o ex-camisa 14 tornava o clima no elenco alviverde 'muito mais leve'. De acordo com o meio-campista, Scarpa foi o responsável por ensiná-lo a 'pensar fora da bolha' e não ficar tão 'refém do futebol'.
- O Scarpa é muito doido. Mas ele me ensina muito, me ensinou a pensar fora da bolha. Um dia eu saí daqui (do CT) de carro e ele estava andando de skate. Eu perguntei para ele o que era, o que ele estava fazendo lá. Ele virou para mim e disse 'estou tirando o lixo da cabeça para estar bem amanhã no treino'. É legal isso, ele não fica refém do futebol - disse Raphael Veiga.
Além da passagem de Gustavo Scarpa ter sido memorável no Palmeiras devido ao seu futebol, encerrando sua passagem como o jogador mais importante do hendecacampeonato brasileiro, alguns 'hobbies' também ficaram marcados durante a sua trajetória no clube, sendo estes: sua relação com a literatura, o skate e os famosos cubos mágicos.
De acordo com Veiga, este era um dos traços mais marcantes do seu companheiro: instigar os outros jogadores do Palmeiras a encontrarem algo que gostassem, além do futebol.
O meia ainda relembrou uma história curiosa que aconteceu na final da Copa Libertadores em 2021, contra o Flamengo. Segunda Veiga, na noite anterior ao confronto, todos estavam bastante nervosos com a decisão. Então, foi visitar os quartos de dois companheiros: o próprio Scarpa e de Zé Rafael. Ao narrar a situação que se deparou, brincou alegando que 'só tinha doido'.
- O Scarpa sempre instigava os outros para desenvolver algo que os caras gostavam. Chegava com o cubo mágico, com os livros dele. Antes do jogo com o Flamengo eu virei para ele e disse 'Esse time aqui, que loucura. Se cobrir é circo, se cercar é hospício. Só tem doido'. Antes do jogo contra o Flamengo, todo mundo nervoso, é normal, final. Eu falei: “Cara, não vou ficar aqui no quarto, vou no quarto dos moleques”. Fui para o quarto do Scarpa. Ele levou só a base do skate, sem as rodinhas, para o hotel. Quando eu chego, ele pulando sozinho no ‘bagulho’. Falei: “Que loucura, não é possível. Esses caras são muito loucos”. Saí e fui para o quarto do Zé. Quando cheguei, ele estava de luva socando a parede. Para mim deu, acabou. Vou sair desses porque não dá. Que loucura - relembrou.
A relação entre Scarpa, Raphael Veiga e Zé Rafael sempre foi algo muito bem-visto - tanto dentro quanto fora de campo. Era comum 'flagras' de momentos bem humorados entre os atletas, além de demonstrarem um ótimo entrosamento nas partidas também.
Segunda Veiga, Scarpa foi o responsável por ensinar todo o elenco palmeirense a 'desfrutar e enxerga tudo com leveza'.
- Na discussão com o Scarpa, se você enrolar muito, você empata. Eu, o Scarpa e o Zé nos damos muito bem. Às vezes, no meio do jogo a gente tirava onda. Esse jeito do Scarpa ensinou muito a gente, ensinou a desfrutar. Conforme a gente faz com mais leveza, flui melhor - completou.
O acordo de Scarpa com o Nottingham Forest foi acertado em julho. 'Scarpinha' chegou ao Palmeiras em 2018, acumulou 233 jogos, 44 gols e oito títulos: duas Libertadores, dois Brasileiros, dois Paulistas, uma Copa do Brasil e uma Recopa Sul-Americana.