Meninas do basquete oscilam de novo e estão fora dos Jogos Olímpicos
Após bom início, Seleção volta a repetir apagão e erros infantis e perde para a França por 74 a 64. Quarta derrota acaba com chances de classificação no Grupo A
O basquete feminino do Brasil deu adeus a qualquer chance de classificação para as quartas de final dos Jogos Olímpicos nesta quinta-feira. Com a repetição da tônica do time durante toda a competição, com início promissor e apagões durante momentos importantes da partida, a Seleção voltou a perder no Grupo A. Desta vez a algoz foi a França que triunfou por 74 a 64 na Arena da Juventude, em Deodoro.
O destaque brasileiro mais uma vez foi Damiris, com 21 pontos. Pelo lado francês a pivô ala/pivô Gruda, principal jogadora do time europeu, anotou 17 pontos. Com o resultado, a equipe do técnico Antônio Carlos Barbosa totalizou quatro pontos (todas derrotas) e não tem mais chances de vaga nas quartas de final. Na última rodada, que acontece no sábado, as brasileiras cumprem tabela diante da Turquia.
O JOGO
O torcedor brasileiro que acompanha as meninas do basquete desde a estreia já se acostumou ao mesmo roteiro. O início é muito bom. Contra as francesas, a defesa foi mais consistente em relação aos jogos anteriores. Com Damiris mais uma vez inspirada, a equipe de Barbosa chegou abrir sete pontos em duas oportunidades. As francesas, poupando Gruda, erravam muito. No entanto, um ajuste feito pela técnica Valerie Garnier e bolas de três pontos deixaram o placar empatado no fim do primeiro tempo: 20 a 20.
A Seleção seguiu bem na defesa em boa parte do segundo quarto. Outro fator que colaborava era a quantidade de falta individual. Enquanto em jogos anteriores o aspecto obrigava Barbosa rodar muito o time, contra a França elas foram poucas. Isso trouxe mais estabilidade na partida. Contudo, o apagão voltou a dar as caras antes do intervalo. Com isso, a atual medalha de prata dos Jogos se acertou e foi para o vestiário em vantagem: 35 a 29.
O momento de oscilação brasileiro deu o tom do terceiro quarto. Após dois minutos bons, a Seleção entrou no universo de erros. A França, melhor organizada e com maior variação de jogadas, chegou abrir 14 de frente. No entanto, o Brasil voltou a crescer na defesa e melhorou ofensivamente, trazendo a vantagem para nove com: 57 a 48.
No último período, com muitos erros infantis, a Seleção não se encontrou mais. A França, longe de ter uma atuação brilhante, foi eficiente no momento certo. A quarta derrota e consequente eliminação deu a sensação que o Brasil, mesmo diante de todos os problemas enfrentados e que teria nos Jogos, poderia ter passado. Ficou mais uma vez na fase de grupos muito mais pelos momentos onde apagou e se perdeu.