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Húngara naturalizada brasileira é suspeita de fraude e vê vaga ameçada

Anunciada na Seleção de esgrima para os Jogos Olímpicos do Rio, Emese Takácks é investigada por ter forjado casamento em tentativa de obter cidadania. Cabe recurso

Emese Takacs tem naturalização contestada na Justiça (Foto: Divulgação)
Emese Takacs tem naturalização contestada na Justiça (Foto: Divulgação)

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Húngara naturalizada brasileira, a esgrimista Emese Takacks, de 38 anos, corre o risco de ficar fora dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto. Classificada para o evento na espada, ela é investigada por fraude no processo de obtenção da cidadania em ação movida pelo técnico Giocondo Cabral, na 5ª Vara Federal de Curitiba. A informação foi publicada pelo jornal O Globo.

Comandante da esgrimista Amanda Simeão, que perdeu uma das vagas de titular na equipe e iria aos Jogos como reserva, ele alega que Emese obteve a naturalização de forma irregular. A húngara teria forjado o casamento com um fotógrafo freelancer brasileiro e não estaria residindo em território nacional. Além disso, descumpriria as leis por não dominar o português.

"Se há fixação espacial de Emese Takács em determinado lugar, presume-se que é em Budapeste, na Hungria, conforme dezenas de fotografias lançadas no Facebook, com marcação de seu nome (juntamente com o húngaro Attila Szábo), datadas de 12 de junho de 2012 em diante, e anexadas no ev1, ata 10 - o que, por conseguinte, permite questionar em que condições foi celebrado seu casamento com Rafael de França Barreto, em 16/05/2013 (ev2, certcas3)", diz um trecho da sentença.

Após ficar quatro anos fora de competições, a atleta estreou pelo Brasil em maio do ano passado, na etapa do Rio do Circuito Mundial. Hoje, é a segunda colocada no ranking nacional, atrás apenas de Nathalie Moullhausen, italiana naturalizada, e filha de pai alemão e mãe brasileira. Rayssa Costa é a outra titular da Seleção. Se a suspensão de Emese for mantida, Simeão entrará na equipe principal, e Katherine Miller (5ª), passará a ser reserva. 

– Por que haveria questionamento sobre a naturalização? É suficiente (o tempo que ficou no Brasil). Obtive a nacionalidade pois meu marido é brasileiro e cumpri todos os pontos exigidos por lei. Foi um processo complicado, me custou muito dinheiro, mas fiz e recebi – disse Emese ao Globo.

Emese têm 20 dias, a contar da última quinta-feira, para contestar a ação. A União também é ré na ação por ter concedido a naturalização. Se ela for considerada culpada, o país não perderá a vaga, pois a atleta se classificou com um dos convites a que o Brasil tem direito tem por ser sede dos Jogos.

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) informou ao LANCE! que não teve qualquer participação no processo de naturalização de Emese. Ressaltou ainda que a definição de atletas na equipe brasileira é uma atribuição de cada confederação.

A Confederação Brasileira de Esgrima (CBE), por sua vez, informou que Emese ainda faz parte da Seleção e que só tomará qualquer decisão a respeito do caso após o dia 1º de julho, prazo final de inscrição de atletas para os Jogos.

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